O comando nacional de greve dos professores de universidades federais tem até esta terça-feira (25) para consultar as seções sindicais sobre a nova proposta apresentada na sexta-feira (21) pelo Ministério da Educação. A greve dura mais de 50 dias e atinge 37 instituições federais de ensino superior, segundo o Sindicato Nacional dos Docentes (Andes). Na quarta-feira (26), governo e grevistas terão outra reunião para discutir as reivindicações.
O secretário-executivo adjunto do ministério, Ronaldo Teixeira, destacou as alterações apresentadas na nova proposta, entre elas a criação de um grupo de trabalho que definirá os critérios para a reestruturação da carreira. E avaliou que as reinvicações dos professores estão "acima da disponibilidade orçamentária" do ministério.
Já a presidente do Sindicato contestou dos dados apresentado pelo ministério, de que a contraproposta apresentada pelos professores representaria um desembolso anual de R$ 1,3 bilhão. "Nossa proposta custa R$ 473,1 milhões, para incluir os 18% no vencimento do magistério superior de primeiro e segundo grau, a equiparação da GED e a Gratificação Específica de Atividade Docente (Gead). Além disso, a gente teria que acoplar o início dos gastos com a classe de professor associado e de professor especial, o que somaria aproximadamente R$ 190 milhões", afirmou Marina Barbosa.
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Ronaldo Teixeira argumentou que a proposta do Ministério da Educação "passa a vigorar em 2006, enquanto a do sindicato considera especialmente o ano de 2005". E completou: "Mesmo assim, são números muito distantes das possibilidades de que dispomos hoje". As informações são da Agência Brasil.
As principais reivindicações dos professores universitários são: paridade entre os salários dos docentes da ativa, aposentados e pensionistas; recuperação do poder aquisitivo diante da perda inflacionária; extinção das gratificações, que seriam incorporadas para efetivar o fortalecimento do vencimento básico; e fim das remunerações por critérios produtivistas.