As empresas gaúchas Varig e Gerdau e a catarinense Bunge são as líderes do ranking das 100 maiores empresas da região Sul do País. Já a paranaense Companhia Providência foi considerada a melhor indústria do Sul. A avaliação consta no anuário Melhores e Maiores 2001 que está sendo lançado nesta semana pela "Revista Exame". O resultado leva em conta desde o balanço contábil até a preocupação com meio ambiente e responsabilidade social.
O destaque entre as melhores empresas está também para a paranaense Global Telecom, com sede em Londrina. A operadora de telefonia celular teve o segundo maior crescimento em vendas, com um acréscimo de 150,7%. Suas vendas chegaram a US$ 166 milhões.
Na avaliação de melhor empresa, independente do setor, o primeiro lugar ficou para a CRT Celular do Rio Grande do Sul. Com vendas que somaram US$ 527,2 milhões e lucro líquido de US$ 47,3 milhões, ela foi considerada também a melhor empresa no setor de serviços. Já a Lojas Renner, do Rio Grande do Sul, ficou em primeiro lugar no segmento de comércio.
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Em sua 28ª edição, a pesquisa da Exame é considerada o mais completo anuário de economia e negócios do País. Segundo o consultor da Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis Atuariais da Universidade de São Paulo (USP), Ariosvaldo dos Santos, a inovação nessa edição é a regionalização do trabalho. "Pela primeira vez analisamos as melhores e maiores do Sul, da região Centro-Oeste e do Norte/Nordeste. O levantamento segue os mesmos critérios da pesquisa nacional", afirma Santos.
Segundo Santos, a regionalização amplia a cobertura e permite que empresas com faturamento abaixo da lista das 500 maiores nacionais entrem no ranking. Nas listagens regionais estão as 100 maiores empresas locais e das 15 melhores por setor atividade (comércio, indústria e serviços).
O ranking da Exame leva em conta os balanços contábeis das empresas. São avaliados critérios como faturamento, patrimônio líquido, vendas, rentabilidade, liquidez. Mas dados sociais e a política de atuação da empresa também são levados em conta. Empresas com mais responsabilidade social passaram a ganhar mais pontos na avaliação.
Ao todo foram analisadas mais de 3 mil demonstrações contábeis, segundo Santos. "Os investimentos sociais e a atuação no setor de recursos humanos são itens que pesam e deram bônus às empresas", ressalta. Questões como o relacionamento com a comunidade, respeito ao meio ambiente e postura ética também passaram a pesar mais na computação geral da pesquisa.
Há ainda outros rankings específicos. Entre eles estão as maiores empresas por patrimônio, as que mais cresceram, as mais rentáveis, as menos endividadas, as maiores empregadoras, as que saíram do vermelho, as que mais pagaram impostos e salários.