O primeiro balanço da investigação da Receita Federal que está cruzando dados da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) com os do Imposto de Renda identificou 60 contribuintes irregulares no Paraná e Santa Catarina.
Destes, 35 casos têm indícios de interposta pessoa, os chamados "laranjas" (pessoas que cedem seus nomes para os reais detentores das contas bancárias); quatro indícios de interposta pessoa com liminar concedida; três interpostas pessoas (com retificação de Declaração de Imposto de Renda de Pessoa Jurídica por parte do real detentor dos recursos), 12 interpostas pessoas; quatro casos de agiotagem, um de doleiro e uma pessoa jurídica com liminar cassada.
A operação de fiscalização da Receita começou em abril deste ano. Um dos casos já solucionados é o de uma empresa de Curitiba que não apresentava declaração do Imposto de Renda e, consequentemente, não efetuava nenhum recolhimento dos tributos devidos - PIS, COFINS, IRPJ, CSLL e IRRF - mas que, segundo os dados da CPMF, movimentava quantias expressivas. A auditoria resultou numa autuação de cerca de R$ 6 milhões por falta de recolhimento de tributos. A Receita Federal não revelou o nome da empresa.