O vice-presidente mundial da Renault, Pierre-Alain de Smedt, anunciou que a montadora está em expansão e pretende contratar até dezembro pelo menos 450 funcionários de um total de mil para a fábrica de utilitários dos carros com marca Nissan. A unidade vai ser inaugurada no final do ano após um investimento de US$ 120 milhões. Serão produzidos os modelos Master e Frontier. Esse último somente no próximo ano.
As obras da fábrica foram visitadas pelo vice-presidente mundial e pelo governador Jaime Lerner. A montadora quis mostrar ao governo que está mantendo o compromisso de produzir e ampliar investimentos no Estado.
Esta será a terceira fábrica da Renault, em São José dos Pinhais (Região Metropolitana de Curitiba). O grupo francês tem a fábrica Airton Senna, que produz carros de passeio, e possui ainda a unidade de motores. "Conseguimos dobrar nossa produção de motores, que foi de 400 mil unidades no ano passado", afirmou Smedt. Metade é para exportação.
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O vice-presidente do grupo faz questão de enfatizar que a Renault passa ao largo da crise que atingiu Audi e Chrysler no Paraná, mas precisa reestruturar a fábrica na Argentina. Smedt admite que o setor automotivo brasileiro passou por período difícil nos três últimos anos. "Estamos (o mercado automotivo) em fase de transição. A Renault estava preocupada com o investimento no Brasil, mas estamos novamente em crescimento", afirmou.
As vendas da Renault justificam o crescimento. A Renault comercializou 60 mil carros no País, no ano passado, passando a abocanhar 7% do mercado. Em 1999 eram 4%. A montadora espera chegar a 100 mil unidades vendidas este ano. A fábrica de utilitários tem capacidade para produzir 50 mil carros por ano, mas a intenção da montadora é atingir uma média de 20 mil utilitários nos primeiros anos.