O governador Roberto Requião (PMDB) deve sentar para conversar com a direção da Renault na semana que vem.
Ainda não há uma data definida, segundo o Palácio Iguaçu, mas a montadora francesa deve ser a primeira a ser procurada por Requião, que pretende negociar com a Renault e com a alemã Audi/Volkswagen um maior índice de nacionalização das peças utilizadas na produção dos carros.
O governador considera muito baixo o atual índice, de aproximadamente 2%, segundo cálculos do governo.
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Na opinião do governador, isso alimenta um desequilíbrio na balança do Paraná, porque as importações acabam superando as exportações e o Estado sai perdendo.
As montadoras estrangeiras foram atraídas para o Paraná pela política de incentivos fiscais oferecida no governo de Jaime Lerner (PFL).
A gestão passada ofereceu dilação (adiamento) do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por até 26 anos.
Requião disse que está disposto a manter benefícios às montadoras, mas as empresas precisam aumentar o índice de nacionalização.
De olho na geração de empregos, a política de incentivos de Requião também oferece dilações, mas o governador fixou um tratamento igualitário para empresas estrangeiras e nacionais.
Há semanas, a Assessoria Especial do governador analisa os termos do acerto entre o governo do Paraná e a francesa Renault.
O governo estuda também como ficará sua participação acionária na montadora, que foi reduzida paulatinamente de 31,72% para 4,24%.
Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa da Renault, em São Paulo, informou que a direção da empresa não vai comentar o assunto.