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Nacionalização

Requião negocia aumento de peças brasileiras nos carros

Maria Duarte - Folha de Londrina
23 mai 2003 às 09:45

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O governador Roberto Requião (PMDB) deve sentar para conversar com a direção da Renault na semana que vem.

Ainda não há uma data definida, segundo o Palácio Iguaçu, mas a montadora francesa deve ser a primeira a ser procurada por Requião, que pretende negociar com a Renault e com a alemã Audi/Volkswagen um maior índice de nacionalização das peças utilizadas na produção dos carros.

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O governador considera muito baixo o atual índice, de aproximadamente 2%, segundo cálculos do governo.

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Na opinião do governador, isso alimenta um desequilíbrio na balança do Paraná, porque as importações acabam superando as exportações e o Estado sai perdendo.

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As montadoras estrangeiras foram atraídas para o Paraná pela política de incentivos fiscais oferecida no governo de Jaime Lerner (PFL).


A gestão passada ofereceu dilação (adiamento) do pagamento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) por até 26 anos.

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Requião disse que está disposto a manter benefícios às montadoras, mas as empresas precisam aumentar o índice de nacionalização.


De olho na geração de empregos, a política de incentivos de Requião também oferece dilações, mas o governador fixou um tratamento igualitário para empresas estrangeiras e nacionais.

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Há semanas, a Assessoria Especial do governador analisa os termos do acerto entre o governo do Paraná e a francesa Renault.


O governo estuda também como ficará sua participação acionária na montadora, que foi reduzida paulatinamente de 31,72% para 4,24%.

Procurada pela Folha, a assessoria de imprensa da Renault, em São Paulo, informou que a direção da empresa não vai comentar o assunto.


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