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Acordo do milho emperra no preço

Redação - Folha do Paraná
25 jul 2001 às 20:05

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Não houve acordo entre os consumidores e produtores de milho na reunião realizada na sede da Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar), em Curitiba. Os representantes das entidades que participaram do encontro estiveram próximos de um entendimento, mas o acordo está emperrando no preço a ser fixado para o produto, a partir de fevereiro de 2002.

Estiveram presentes na reunião os representantes da Ocepar, Federação da Agricultura do Paraná (Faep), Sindicato da Indústria da Carne (Sindicarnes), Sindicato da Indústria do Leite (Sindileite), Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Associação dos Abatedouros Avícolas do Paraná (Avipar).

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Ficou definido que, até esta quinta-feira, as entidades vão enviar documentos à Ocepar afirmando se concordam ou não com a minuta do entendimento, que prevê o pagamento de R$ 10 a saca, no período da safra.

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A preocupação dos produtores e consumidores de milho é evitar a possibilidade de escassez de milho para a próxima safra. Os produtores de milho no Paraná estão descontentes com o preço praticado este ano, que variaram de R$ 7 a saca no início da safra, até R$ 9 nesta quarta-feira. A tendência dos produtores é plantar a soja, que está sendo cotada em R$ 22 a saca. O consenso é que o preço pode ser definido em torno de R$ 10 a saca, para garantir remuneração ao produtor.

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A Ocepar, representante dos produtores, avisa que se não houver um preço atrativo para o plantio de milho, a redução da próxima safra pode variar de 15% a 20%. O presidente da Cooperativa Agropecuária de Campo Mourão (Coamo), José Aroldo Galassini afirmou ao dirigente da Ocepar, João Paulo Koslovski, que a queda no plantio de milho na região de Campo Mourão, poderá atingir 23% da área.


Já os representantes dos consumidores de milho querem o compromisso do governo federal no sentido de alocar recursos para as Aquisições do Governo Federal (AGF), Empréstimo do Governo Federal (EGF) e Programa de Escoamento do Produto (PEP), que são instrumentos de comercialização que ajudam a sustentar o preço do produto agrícola no mercado.


A iniciativa privada não quer arcar sozinha com o ônus de sustentar o preço do milho. Caso não haja entendimento, há o risco de os compradores de milho (avicultores, suinocultores, produtores de leite), pagarem até R$ 18 a saca do milho importado no ano que vem.

A estratégia de um acordo em torno do preço do milho já foi adotada na safra atual pelo Estado de Santa Catarina, que prevê pagar R$ 10 a saca do milho. Esses acordos deverão ser referendados pela Secrearia da Agricultura e do Abastecimento e pelo Ministério da Agricultura.


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