Uma palavra pode definir o produtor paranaense André Maggi, de acordo com lideranças agrícolas do Paraná. Maggi foi classificado como "pioneiro" pela Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep), pela Organização das Cooperativas do Paraná (Ocepar) e pela Fundação Mato Grosso, órgão que atua no Estado do mesmo nome e que contou com a colaboração de Maggi.
O gerente técnico e econômico da Ocepar, Nelson Costa, elogiou o produtor, que levou o cultivo de soja para o Mato Grosso. "E ele ainda buscou mecanismos para a redução dos custos de transporte da soja", disse. Costa comparou o paranaense com Olacir de Moraes, que por muito tempo foi considerado como o "rei da soja". "O Olacir teve uma importância lá atrás, mas o André Maggi, em termos de agribusiness, era a pessoa mais importante do Brasil", afirmou.
O presidente da Faep, Agide Meneguette, lamentou a morte do produtor, "um pioneiro que abriu as fronteiras do Centro-Oeste do Brasil e mostrou a viabilidade econômica de uma região que não despertava muito interesse".
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Maggi era um dos mantenedores da Fundação Mato Grosso, que realiza pesquisas nas áreas de cultivo de soja, algodão, arroz, milho e fertilidade do solo em Mato Grosso. "Sem dúvida ele teve grande participação na economia local, abrindo armazéns, construindo estradas, hidrelétricas", citou o coordenador administrativo do órgão, Alberto Kern.
O governador Jaime Lerner divulgou uma nota comentando a morte de Maggi, dizendo que sua biografia "engrandece o nosso Estado e sua força empreendedora é um exemplo a ser seguido".