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Empacotadores fazem estoques de feijão preto

Vânia Casado - Folha do Paraná
13 dez 2000 às 10:01

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Alguns empacotadores já estão fazendo estoques de feijão preto, temendo uma escassez do produto no início do próximo ano. De acordo com o corretor Marcelo Luders, da Correpar, o desestímulo do produtor de feijão do Paraná e Santa Catarina, estados tradicionais na produção de feijão preto, foi muito grande e a redução no plantio da atual safra pode ser maior do que o esperado. "Os empacotadores estão aproveitando os preços ainda baixos, para firmarem posição", explicou.

O feijão preto é consumido basicamente nas praças do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Paraná. A possibilidade de escassez do produto já começa a preocupar e por isso os empacotadores estariam aproveitando o período que as cotações são as mais baixas dos últimos tempos. Segundo Luders, atualmente o feijão preto está cotado em US$ 238,00 a tonelada, o que corresponde a US$ 14,28 a saca. "É um preço muito baixo e não se tem notícia de quando esteve mais baixo", conta.

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O desestímulo com o produto foi provocado pelo excesso de plantio no ano passado. Para se ter uma idéia, tradicionalmente o Brasil compra feijão preto da Argentina para completar o abastecimento interno e este ano não foi importado nada até agora. O mercado ainda está absorvendo o feijão colhido na safra passada.

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Um levantamento feito pela Correpar junto a cerealistas da região Sul, este ano a área plantada com feijão preto em Santa Catarina nas regiões de Mafra e Canoinhas caiu 60% em relação ao ano passado. Na região Sul do Paraná, abrangendo os municípios de União da Vitória, São Mateus, Lapa e Irati, a redução é 50% menor. Em Cândido de Abreu, onde foram colhidas 280 mil sacas de feijão preto no ano passado, este ano deverão ser colhidos no máximo 70 mil sacas. Na região Sudoeste do Paraná (Francisco Beltrão, Pato Branco e Capanema) não devem ofertar feijão preto este ano.


No Rio Grande do Sul, a área plantada também já é 40% menor do que o ano passado. Toda essa redução no plantio vai se refletir em algum momento nas cotações do próximo ano, avisa Luders. Existem regiões que já poderiam ir pensando em plantar o feijão preto durante a safrinha, mas quando o produtor olha o mercado e vê as cotações ainda em baixa (entre R$ 25,00 e R$ 26,00 a saca) não se anima a plantar, diz o corretor. Para o consumidor, o feijão preto está sendo vendido entre R$ 1,10 e R$ 1,20 o quilo.

Os preços do feijão de cor para o próximo ano também tendem a refletir o desestímulo no plantio. Segundo Luders, houve redução de área plantada no Paraná, São Paulo e Goiás, grandes produtores. A tendência do preço do feijão para o próximo ano é o mercado voltar a pagar o que pagava antes, ou seja entre R$ 35,00 e R$ 38,00 a saca para o produtor e R$ 45,00 para o cerealista.


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