Os produtores do Paraná que estão visitando a França foram informados que os países da Comunidade Economica Européia (CEE) não aceitam pagar mais pela importação de soja em grãos do Brasil porque eles não confiam que 100% da soja seja "convencional".
Para pagar um diferencial pela soja brasileira, como querem os produtores do Paraná, os países da CEE exigem garantias e rastreabilidade da produção, informou Chrystopher Song y, representante da Maison de Agricultaire da França (espécie de federação da agricultura).
Segundo Song y, os países da América do Sul (Brasil e Argentina) sofrem muita influência do lobby das multinacionais norte-americanas e, por isso, os franceses querem garantias reais que a soja brasileira não é modificada geneticamente.
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Song y disse que a França vê com bons olhos uma negociação entre a CEE e o governo brasileiro para que a soja brasileira exportada para a Europa seja totalmente convencional.
Os franceses alertam os produtores brasileiros que insistem em plantar a soja transgênica, que eles podem ter seus negócios revertidos de uma hora para outra em função do receio do consumidor europeu, que não aceita esse tipo de produto.
Chrystopher Song y deixou bem claro que quem é contra a soja transgênica não são os governos e empresas da Europa, mas sim os consumidores.
Ele disse que as empresas que operam na Europa importando soja em grão estão conscientes que parte da soja brasileira exportada contém grãos modificados geneticamente. Ele lembrou que a hora que o consumidor europeu e, principalmente o francês, se der conta disso, poderá haver uma reação tão intempestiva como teve em relação à vaca louca. Disse que quando o consumidor francês percebeu a gravidade da doença o preço da carne desabou 50% em apenas três dias.