A Federação da Agricultura do Paraná (Faep) está reivindicando ao governo estadual a contratação de 26 médicos veterinários para ocuparem escritórios das Unidades Veterinárias, que ainda estão sem técnicos. O presidente da entidade, Ágide Meneguete, alega que a cobertura eficaz contra o risco da febre aftosa no rebanho bovino do Estado exige estrutura completa de pessoal.
Em 1997, o governador Jaime Lerner autorizou a realização de um concurso público, que resultou na contratação de 74 médicos veterinários, formalizada em 1999. Na época, a iniciativa foi a resposta do governo estadual à Organização Internacional de Epizootias (OIE), quando estava reivindicando a declaração de área livre de febre aftosa com vacinação. Mas o quadro de contratações não chegou a ser completado.
A preocupação de Meneguete é que o Estado não complete o quadro antes do encerramento da vigência do concurso em março de 2002. "Se isso ocorrer, o governo terá que gastar novamente na realização de mais um concurso", justificou. A Faep está preocupada com falta de técnicos em áreas estratégicas como Querência do Norte e União da Vitória, que constituem fronteiras.
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As ações que estão sendo desencadeadas para evitar a reintrodução da febre aftosa no rebanho bovino paranaense e os preparativos para a segunda etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa (entre os dias 1º e 20 de novembro), serão debatidas durante a realização do 2º Fórum Paraná Sem Aftosa. Cerca de 450 pecuaristas participam do evento, no Restaurante Madalosso, em Curitiba, que está sendo organizado pela Secretaria da Agricultura do Paraná e o Conselho Estadual de Sanidade Agropecuária (Conesa).
O diretor-geral da Seab, Norberto Ortigara, informou que a secretaria e o Conesa vão tornar públicas as regras de indenização, caso ocorram problemas sanitários graves como a febre aftosa, peste suína clássica e doença de new castle, em aves. A indenização será feita pelo Fundo de Desenvolvimento da Pecuária (Fundepec).
Para completar as ações para a manutenção da Defesa Agropecuária no Paraná, Lerner entrega 88 carros para o serviço de defesa. Os carros foram comprados pela Secretaria da Agricultura, com recursos repassados pelo Ministério da Agricultura. O ministério repassou R$ 1,1 milhão para a compra dos carros e R$ 200 mil para compra de equipamentos de educação sanitária.
Ortigara antecipou que até o final do ano o Ministério da Agricultura deverá firmar mais um convênio para a renovação da frota de veículos. A intenção é renovar os veículos de 1995 para cá, para reduzir as despesas com manutenção e dar mais segurança aos técnicos que se deslocam no Interior.