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Geada quebra produção de trigo na região Oeste do Paraná

Redação - Folha do Paraná
14 ago 2001 às 20:51

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As geadas ocorridas no final do mês de julho quebraram parte da produção de trigo da região Oeste do Paraná, considerada a segunda maior produtora do Estado. Elas atingiram as lavouras em sua fase mais crítica. A região de Toledo registrou o maior índice de quebra, em torno de 40%. A produção na região estava estimada em 265.272 toneladas e serão colhidas 153 mil toneladas, segundo levantamento realizado pelo Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento.

Além de Toledo, a produção de trigo de Cascavel terá perdas de 15% e de Francisco Beltrão, 9%. Em Campo Mourão, a previsão é que a redução de produção seja de 5%. Na produção estadual, essas quebras de produção vão provocar uma perda de 150 mil toneladas de grãos, que correspondem a uma redução de 7,6% em relação à previsão anterior. A estimativa inicial do Deral apontava para uma colheita de 1,85 milhão de toneladas em todo o Estado e agora a estimativa foi refeita para 1,7 milhão de toneladas. O prejuízo foi avaliado em R$ 40 milhões, disse a engenheira agrônoma do Deral, Vera da Rocha Zardo.

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De acordo com a Superintendência do Banco do Brasil, a maior parte das lavouras de trigo estão amparadas pelo Proagro, seguro agrícola que cobre a receita desembolsada pelo produtor na hora do plantio. "Apesar disso, o produtor fica sempre no prejuízo", disse Ivanir Vicente Ceolim, do Departamento de Crédito Rural da Cooperativa Agropecuária Vale do Piqueri (Coopervale).

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Segundo Ceolim, o produtor sempre gasta mais do que financia. "E o Proagro cobre apenas o desembolso com o financiamento no banco", explicou. Para não pagar um prêmio muito alto, geralmente o financiamento fica abaixo do custo total da lavoura, disse o técnico.

A preocupação agora é com a colheita que está começando na região Norte do Paraná, considerada a principal região produtora do Estado. Segundo a técnica do Deral, as lavouras estão em excelentes condições e a falta de chuvas favorece a colheita. "Se houver chuvas em excesso daqui para frente poderá prejudicar a qualidade do grão", lembrou.


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