A greve dos funcionários da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab) teve adesão de quase 100% nesta segunda-feira, no primeiro dia do movimento. De acordo com o Sindicato dos Servidores da secretaria (Sindiseab), todos os 700 trabalhadores, das áreas técnica e administrativa dos 16 núcleos no Estado vão ficar parados até esta terça-feira.
Na quarta-feira, como é feriado estadual, os funcionários não vão trabalhar. A partir de segunda-feira todos os servidores estaduais entram em férias coletivas. No retorno, em 14 de janeiro, a previsão é que os servidores da Seab iniciem novo movimento.
A reivindicação dos trabalhadores é a criação de um Plano de Cargos e Salários. Na sexta-feira, o secretário da Administração, Ricardo Smijtink, prometeu que iria acelerar a adoção do plano, mas mesmo assim os servidores resolveram manter o movimento. De acordo com os servidores, dos 190 engenheiros agrônomos e médicos veterinários, 56 passaram em um concurso do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento. "Isso é porque o salário inicial do ministério é R$ 1,7 mil, e na Seab é de R$ 586", afirmou um dos coordenadores do movimento.
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De acordo com o diretor-geral da Seab, Norberto Ortigara, o poder Executivo tem consciência das dificuldades que a secretaria tem tido. Segundo ele, já está certa a realização de um concurso no ano que vem. "Estamos trabalhando com a possibilidade de dobrar a nossa força atual", afirmou.
Em relação ao Plano de Cargos e Salários, Ortigara disse que os técnicos têm que esperar, porque isso depende da aprovação dos deputados, que estão de férias até 15 de fevereiro. "O governo está concordando que a secretaria precisa de um reaparelhamento de pessoal e condições, mas isso vai ter que demorar um pouco mais, só isso", relatou.