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Manejo de lavouras faz dobrar produção de maracujá

Redação
20 mar 2002 às 15:17

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A adoção de práticas simples, como a polinização artificial e a condução das plantas, fez dobrar a produção de maracujá em Goioerê, Oeste do Estado. Agricultores do município, que vinham colhendo em média 20 toneladas por hectare, já conseguem obter até 40 toneladas/ha. A cultura ocupa pequenas áreas na região, mas já ganha importância econômica e se apresenta como alternativa de renda para o pequeno agricultor.

O maracujá é cultivado em seis municípios da região de Goioerê, somando aproximadamente uma área plantada de 100 hectares. "O interesse pelo cultivo da fruta vem aumentando em virtude do rápido retorno e da grande procura pela fruta", afirma Aparecido Raimundo Angelo, técnico da Emater, que acompanha os produtores.

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O maracujá produzido em Goioerê é todo vendido para uma indústria de Mariluz, a 200 quilômetros do município. A demanda da empresa, porém, é maior. Aparecido conta que nesta safra a indústria precisava de 5 toneladas da fruta, mas os produtores só conseguiram fornecer 3,5 toneladas. "É mais um incentivo para que o maracujá ganhe maior espaço na região", diz Aparecido.

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O técnico informa que neste ano, somente em Goioerê, a área de plantio com maracujá triplicou, passando de 20 para 60 hectares. Ele lembra que, para se tornar rentável, o cultivo do maracujá exige o manejo adequado do pomar. "Nós temos feito reuniões com o pessoal para mostrar as vantagens de se fazer a polinização artificial, as podas e a condução da planta", explica.

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Segundo Aparecido, muitos produtores ainda deixam que a polinização ocorra naturalmente o que reduz o número de frutos. "A abelha mamangava é que faz a polinização natural. Mas a ação da abelha européia e da vespa arapuá dificulta esse trabalho. Se o agricultor quiser ter uma boa produção, tem que fazer a polinização das flores manualmente, todos os dias", ensina.


O maracujá é uma das atividades agrícolas que têm o retorno mais rápido para o agricultor. Em cinco meses a colheita já pode ser feita e esse trabalho se estende por seis meses, de março a agosto. Com uma poda adequada, em dezembro pode ser colhida uma nova safra", informa Aparecido.

O produtor Valdecir Vieira da Silva, de Goioerê, está conseguindo uma renda bruta de R$ 2 mil, em uma área de 1.600 metros quadrados de pomar. "Como a mão-de-obra é toda familiar, o técnico arrisca dizer que pelo menos 70% desse rendimento vai para o bolso do produtor", calcula o técnico da Emater.
Além da polinização das flores, os extensionistas estão divulgando entre os produtores de Goioerê o "penteamento" das plantas, isto é, a condução dos ramos secundários do pé de maracujá em direção ao chão. A poda das plantas também é um trabalho importante e que vai garantir a formação dos frutos.


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