O Paraná, o Distrito Federal e mais 12 Estados brasileiros conquistaram a condição de área livre da peste suína clássica. O reconhecimento dessa conquista será oficializado pelo Ministério da Agricultura no próximo dia 10, em Brasília, com a presença do presidente Fernando Henrique Cardoso.
A solenidade inclui outros dois eventos: a ampliação da área livre de febre aftosa e o lançamento do programa nacional de controle e erradicação da tuberculose e brucelose.
A declaração de área livre de peste suína clássica está ocorrendo após a realização de exames soroepidemiológicos, que constataram a erradicação da doença. O resultado dos exames será encaminhado à Organização Internacional de Epizootias (OIE), em Paris, que comunica a nova situação sanitária dessas regiões do Brasil aos outros 154 países-membros.
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Foram feitas amostras de sangue em 28.199 animais no Brasil, sendo 3.519 no Paraná. Nessa área, que compreende os estados do RS, SC, PR, SP, RJ, ES, MG, MS, MT, GO, TO, BA, SE e mais o DF, o rebanho de suínos está estimado em 23 milhões de cabeças, dos quais 4,2 milhões de cabeças no Paraná.
A expectativa é que aumente a participação do Estado no quadro das exportações brasileiras. Isso porque a região Sul (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) concentra 57% do rebanho da zona livre no país, além de ser a fornecedora de material genético para todo o país, já que 80% das granjas de reprodução estão localizadas nos três estados.
A peste suína clássica é uma doença viral contagiosa que ataca os animais suídeos (porcos e javalis). O último foco ocorrido no Paraná foi em 1997 na região de Toledo. A vacinação foi suspensa no Paraná em 1994, dois anos após a deflagração do programa nacional de erradicação da doença. Segundo o chefe da Divisão Sanitária Animal da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, Felisberto Baptista, desde esse período a Vigilância Sanitária vem atuando com rapidez no combate aos focos da doença com a eliminação imediata dos animais atingidos, como ocorreu em 1997.
Leiz mais em reportagem de Vânia Casado, na Folha do Paraná deste sábado