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Pequenos agricultores protestam contra Banco do Brasil

Redação - Folha do Paraná
09 abr 2001 às 16:56

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Os pequenos agricultores estão ameaçando fazer uma grande mobilização em Curitiba contra o Banco do Brasil. Eles estão revoltados com o banco que não quer conceder empréstimos, mesmo com o governo do Estado regularizando o Fundo de Aval.

O Banco do Brasil condiciona a concessão de empréstimos ao chamado Aval Solidário, ou seja, financimentos em grupos de cinco agricultores ou mais, nos quais todos seriam responsáveis pela dívida dos outros.

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A Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Estado do Paraná (Fetaep), que está negociando em nome dos agricultores familiares, não aceita esta condição. Para pressionar o banco, a entidade está mobilizando a categoria e realizando esta semana ocupações de agências do banco em cidades do interior do estado. As manifestações começaram nesta segunda-feira com uma ocupação de agência na cidade de Borrazópolis (norte do Estado).

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"Se o banco não voltar atrás, vamos fazer uma manifestação bem mais forte em Curitiba na próxima semana", adverte o presidente da Fetaep, Antônio Zarantonello. Os agricultores não se conformam com a posição do Banco do Brasil, uma vez que a instituição já tem a garantia do Fundo de Aval, pelo qual o governo estadual destinará R$ 2 milhões como garantia pelas dívidas dos micro-agricultores. No Paraná, existem aproximadamente 320 mil pequenas propriedades (com menos de 50 hectares). Destas, cerca de 200 mil são consideradas micro, não têm garantias e dependem do aval.

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Conseguir este aval do governo já foi uma tarefa árdua para os pequenos agricultores. Criado em setembro do ano passado, o Fundo de Aval só foi regulamentado na última quarta-feira, depois de uma manifestação da categoria, que culminou com uma negociação com os secretários estaduais da Agricultura e da Fazenda.


Com o Fundo de Aval regulamentado, a estimativa é de que os agricultores familares tenham acesso a recursos que podem chegar a R$ 80 milhões. É que o Fundo prevê empréstimo máximo de R$ 4 mil para cada produtor, com prazo de até oito anos para pagamento e três anos de carência. De acordo com Zarantonello, o índice de inadimplência destes agricultores não chega a 0,5%.

Leia mais sobre o assunto na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira


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