O fungicida Rhodiauran contaminado que foi interditado no Paraná será destruído. A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento está fazendo um levantamento do volume de produto que foi interditado. O chefe do Setor de Fiscalização de Agrótóxicos, Alvir Jacob não acredita que a Aventis CropScience do Brasil, que fabrica o Rhodiauran, vá colocar novos lotes do produto à venda esse ano.
Só em Campo Mourão foram interditadas 14 mil sacas de sementes de soja tratadas com o Rhodiauran, que serão incineradas. Em Toledo, foram apreendidos 1.440 litros do fungicida em apenas um estabelecimento comercial. Jacob adianta que o prejuízo da Aventis no Paraná será de vulto. "Imagine em outros estados", perguntou.
A Aventis identificou a origem da contaminação do fungicida e provavelmente vai voltar a fabricar o produto somente no ano que vem, já que tem o uso específico para tratamento de sementes. O Rhodiauran que provocou uma série de problemas nas lavouras de soja, desde a morte das plantas até o baixo desenvolvimento, foi containado por outro fungicida fabricado pela Aventis, que é o Bromuconazose. Esse produto é utilizado na parte aérea da planta. A mistura dos dois produtos é que provocou a fitotoxicidade.
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Segundo Jacob, faltou a empresa explicar como ocorreu a contaminação entre os dois fungicidas. Essas explicações são fundamentais para que o produtor não tenha suspeitas sobre o controle de qualidade exercido pela Aventis, na fabricação de seus produtos. O diretor da marketing da Aventis, Jurandir Paccini foi procurado, mas não foi encontrado.