As chuvas estão beneficiando o desempenho das principais lavouras da safra de verão 2000/2001. Com as condições climáticas favoráveis, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento está prevendo que a safra de verão será 16,76% maior do que o ano passado.
Conforme o relatório mensal do Departamento de Economia Rural (Deral), poderão ser colhidas 16.213.000 toneladas de grãos. No ano passado, foram colhidas 13.885.259 toneladas de grãos. Uma das revelações do relatório é que o produtor paranaense está desistindo da produção de feijão.
A safra paranaense está sendo impulsionada pelo crescimento de 16,81% na área de milho e pelo plantio de soja, que cai 3,20%, mas não chega a provocar uma redução significativa na produção esperada, ressaltou a engenheira agrônoma do Deral, Vera da Rocha Zardo.
Leia mais:
IDR Paraná e parceiros realizam Show Rural Agroecológico de Inverno
Quebra de safra obriga Santo Antônio da Platina a cancelar Festa do Milho
Paraná: queda no preço de painel solar estimula energia renovável no campo
AgroBIT Brasil 2022 traz amanhã soluções tecnológicas para o agronegócio
Por outro lado, o Relatório de safra aponta redução de 26% na área plantada com feijão. No ano passado foram cultivados 451 mil hectares e esse ano a área plantada atingiu 334 mil hectares. Além da redução de área que é maior do que o esperado, a produção de feijão no Estado já apresenta uma quebra de 10% em relação à estimativa inicial, que previa uma colheita de 408.072 toneladas.
A quebra de safra foi motivada pela falta de chuvas entre os meses de setembro e outubro na região do Norte Pioneiro e excesso de chuvas no Sudoeste. A estimativa do Deral é que a produção de feijão no Paraná poderá atingir no máximo 358 mil toneladas. No ano passado, com todos os problemas de clima foram colhidas 391,5 mil toneladas.
A área plantada com milho deverá atingir em 1.801.670 hectares e a produção estimada é de 7,8 milhões de toneladas, o que corresponde a um aumento de 32% em relação ao ano passado, quando foram colhidas 5,9 milhões de toneladas.
O bolsão de estiagem registrado no Norte Pioneiro provocou a quebra de 28% na produção de milho da região, o que equivale a uma perda de 58 mil toneladas. Mas essa frustração não chega a provocar impacto no desempenho das lavouras do Estado, porque a produtividade de outras regiões podem compensar essa perda, explicou Vera Zardo.
A redução na área de soja, que cai para 2.760.582 hectares, não compromete o crescimento da produção. Em condições normais de clima, a produção poderá atingir 7,66 milhões que corresponde a um aumento de 7% em relação à produção da safra passada que foi de 7,14 milhões de toneladas.
Mesmo as lavouras de soja atingidas pelo fungicida Rhodiauram estão sendo replantadas. O Deral constatou que foram replantados 15 mil hectares de soja na região de Ponta Grossa e 4 mil hectares na região de Pato Branco.
As previsões para o plantio e produção de algodão permanecem as mesmas divulgadas pelo relatório no mês passado. A área plantada cresce 20%, passando de 53.800 hectares plantados na safra passada para 64.300 hectares que estão sendo plantados esse ano. A produção deverá ser 16,6% maior, devendo ser colhidas 145 mil toneladas de algodão em caroço.