As geadas que atingiram a lavoura paranaense de café no ano passado vão surtir péssimos efeitos na próxima colheita. A previsão é de uma queda na produção entre 75% a 80%. Segundo dados do Departamento de Economia Rural (Deral) da Secretaria Estadual da Agricultura e Abastecimento, em 2000 foram produzidos 2,1 milhões de sacas de café, e a expectativa para 2001 é de apenas 426,5 mil sacas.
O Estado, que tradicionalmente é o quarto produtor nacional, com uma participação de 8%, vai ser o último neste ano, disse a engenheira agrônoma do Deral, Margorete Demarchi. A área plantada no ano passado foi de 142,4 hectares, e neste ano é de 54.684 hectares. "O cenário não é nada bom", opinou, acrescentando que o potencial paranaense de produção de café poderia ser de 3 milhões de sacas.
Para Margorete, a geada do ano passado foi uma das piores da história recente da agricultura do Estado. "O Paraná ia começar a colher os frutos plantados nos últimos anos, quando o cenário caminhava bem, com aumento da área de produção, mas a geada deu um baque nos cafeicultores", analisou. Para ela, no ano que vem a produção estadual de café ainda vai ser aquém do potencial. "Vai demorar um pouco para o setor se reerguer."
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Leia mais em reportagem de Rosana Félix, na Folha do Paraná/Folha de Londrina desta terça-feira