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Scrapie vira disputa política

Vânia Casado - Folha do Paraná
23 jan 2001 às 11:45

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A reunião que deveria acontecer, ontem, em Porto Alegre, entre representantes do Ministério da Agricultura e das Secretarias de Agricultura do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e Mato Grosso do Sul, para discutir a ocorrência do "scrapie" em ovinos no Paraná, foi esvaziada. Compareceram apenas o secretário da Agricultura do RS, José Hermeto Hoffman e um representante do Iagro - órgão responsável pela Defesa Sanitária Animal do Mato Grosso do Sul. Os dois estados são governados pelo PT. Paraná e Santa Catarina não compareceram à reunião.

A Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul baixou portaria proibindo o trânsito de ovinos do Paraná para aquele estado na última quinta-feira. Na reunião que deveria ter ocorrido ontem, Hoffman disse que havia a possibilidade de suspender essa portaria, o que acabou não acontecendo. Numa tentativa de se encontrar com os titulares das demais secretarias e do Ministério da Agricultura, Hoffman se propôs a participar de uma segunda reunião, desta vez em Curitiba. Com o fracasso do encontro, o estado do Mato Grosso do Sul admitiu que poderá adotar a mesma postura do RS.

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O secretário em exercício da Agricultura do Paraná, Luís Carlos Hatschbach, disse que o Paraná não iria atender à convocação do Rio Grande do Sul, porque acaberia ao Ministério da Agricultura chamar a reunião e não a uma secretaria estadual. Para Hatschbach, o Paraná adotou todas as medidas necessárias para isolar o foco da doença e está seguindo as recomendações traçadas pelo Ministério.

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Hoffman não concorda com essa postura. Segundo ele, o Rio Grande do Sul tem o maior rebanho de ovinos do País, com 4,83 milhões de cabeças, e precisa ser informado oficialmente pelo Ministério da Agricultura ou pela Secretaria de Agricultura do Paraná sobre os detalhes do rastreamento que está sendo feito. Todas as informações que tem tido acesso são apenas através da imprensa. Ele lamenta que não tenha sido informado oficialmente sobre o rastreamento que os técnicos estão fazendo da descendência da ovelha doente que foi importada em 1989. A preocupação de Hoffman é que alguns animais dessa descendência possam ter ido para o RS.

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Para Hatschbach, os criadores de ovinos que importaram os animais dos Estados Unidos são vítimas. "Os criadores confiram no serviço sanitário oficial do país de origem que emitiu certificado de sanidade dos animais". Ontem, os criadores filiados à Associação de Criadores de Ovelhas da Raça Hampshire Down, estiveram reunidos em Curitiba. Os criadores querem uma garantia que o foco de "scrapie" foi debelado.


Enquanto isso, as 75 ovelhas de deputado federal Gustavo Fruet, deverão ser sacrificadas ainda essa semana. A Secretaria da Agricultura informou que o abate deveria ter ocorrido no sábado, mas teve que suspender o abate para aguardar o frigorífico definir um período disponível. De acordo com o parlamentar técnicos da Faep, Ovinopar, Secretaria da Agricultura e Ministério da Agricultura vão definir os valores da indenização. Fruet adiantou que vai aceitar o valor definido, sem questionar que apenas um de seus reprodutores tem potencial para gerar cerca de 200 filhos.

Parte do valor da indenização será aplicada para pagar os exames de todos os animais sacrificados. Segundo o deputado, os exames serão acompanhados pelo diretor do Hospital Veterinário da UFPR, professor Marcus Vinicius Ferrari. "Em semanas ou meses vamos verificar se o sacrificio valeu a pena ou não".


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