Um sobrevôo com veterinários da Secretaria Estadual de Agricultura e Abastecimento (Seab) e um representante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) deve definir neste sábado (23/06) o nível de dificuldade para se arrebanhar o gado alongado que está disperso nos 5,4 mil alqueires da Fazenda 7 Mil, uma das maiores propriedades rurais do Estado que está ocupada pelos sem-terra desde 1997.
O objetivo do vôo do helicóptero cedido pelo governo do Estado é descobrir as áreas de concentração do rebanho nos 400 alqueires de reserva. Apenas 138 bovinos foram vacinados na última campanha contra a febre aftosa - o grande fantasma da pecuária brasileira no momento - e a imunização da área é considerada estratégica para evitar o reaparecimento da doença no Estado.
Nem o MST nem a Seab sabem ao certo quantas cabeças de gado estão espalhadas pela fazenda. Os sem-terra calculam em 900 cabeças e a Seab prefere não arriscar uma estimativa. Segundo o proprietário Flávio Pinho de Almeida - que já obteve uma ação de reintegração de posse ainda não cumprida, a propriedade abriga 5 mil cabeças. Além da mata virgem, o terreno acidentado e a vegetação rasteira de até três metros de altura são os principais obstáculos para reunir o rebanho com agilidade, como quer o Ministério da Agricultura.
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* Leia mais em reportagem de Lúcio Flávio Moura na Folha do Paraná/Folha de Londrina deste sábado