Por causa de um surto de gripe provocado pelo vírus influenza equina, que atingiu 200 dos mais de mil cavalos do Jockey Clube do Paraná, em Curitiba, no início do mês, o Ministério da Agricultura e do Abastecimento proibiu, por tempo indeterminado, na última sexta-feira, o trânsito dos cavalos de jockeis e haras do Paraná, São Paulo e Rio de Janeiro para participar de competições. A medida é para conter a proliferação do vírus entre os animais.
Na última quinta-feira, dia em que ocorrem as competições no Jockey Clube do Paraná, o evento foi cancelado por conta da epidemia. O prejuízo foi de R$ 200 mil. Amanhã, as competições irão acontecer, mas só poderão participar os cavalos pertencentes ao próprio jockey. "Isso gera prejuízo para o proprietários dos cavalos, que investem para manter os animais nos jockeys e não poderão participar das corridas. Cada prêmio ganho representa mais de R$ 3 mil para o dono do animal", disse a veterinária do jockey, Joyce Parolin.
Ela garantiu que a epidemia já está controlada e que apenas 7% dos cavalos ainda possuem o vírus. "Vou encaminhar ofício ao ministério contando que a situação está controlada. Precisamos levar nossos cavalos já recuperados às corridas", afirmou. Disse que apesar de terem sido vacinados, os cavalos contrairam a doença por conta da variação climática. Esse vírus não é transmitido para humanos, conforme a veterinária.
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Entretanto, o Ministério da Agricultura informou, por intermédio de sua assessoria, que o tráfego dos animais só será permitido quando for comprovado que não há risco de contaminação. "A Secretaria da Agricultura está coletando desde o início da semana, amostras de materiais em todos os locais sob suspeita e enviando para análise em laboratório de Campinas (São Paulo). Em cinco dias, saberemos a real situação da doença e enviaremos ofício ao ministério que tomará as providências cabíveis", contou o delegado da Delegacia Federal do Ministério da Agricultura no Paraná, Scylla Peixoto Filho.