A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil divulgou na última terça-feira a pesquisa "Visão da Sociedade Sobre o Setor Agropecuário", feita pelo Instituto Vox Populi.
O trabalho foi realizado nas cinco regiões do país e dividido em quatro áreas temáticas relacionadas ao setor agropecuário, segmentada nos aspectos econômico, ambiental, trabalhista e fundiário. Este último foi subdividido em dois temas: MST e reforma agrária.
Foram feitas 2.308 entrevistas, em 125 municípios, de todos os tamanhos, alguns sorteados e outros de inclusão obrigatória, de 27 a 30 de setembro. A margem de erro é de 2,2% para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.
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Para 32% dos entrevistados, a agropecuária é o setor da economia que mais cresce no Brasil, superando setores tradicionais como serviços, comércio e turismo (30%) e a indústria (31%). Para 56% dos entrevistados, o setor, atualmente, está mais desenvolvido que há cinco anos.
Em outro tema 81% das pessoas consideram que o setor agropecuário cumpre o papel de produzir, além disso 87% das pessoas ouvidas sabem que o Brasil usa modernas tecnologias na agropecuária.
O setor agropecuário influencia positivamente no crescimento econômico e das finanças do Brasil, para 86% das pessoas consultadas. Outras 84% acham que o setor pode ajudar na melhoria da imagem do país no exterior. Já no auxílio para a manutenção de preços, 78% acreditam que ajuda, enquanto apenas 6% consideram que atrapalha.
Um dado interessante é que mesmo considerada pela maioria como setor que mais cresce no Brasil, a agropecuária perde para as atividades urbanas no ítem "Onde você acha que tem mais eficiência, cumprindo o papel de produzir?". Esta resposta apresentou 42% dos entrevistados dando maior crédito as atividades econômicas urbanas.
Logo a seguir, nos questionamentos sobre sonegação e inadimplência, as respostas apontaram as cidades como mais suscetíveis a estas ocorrências. No primeiro caso foi de 51%, contra 13%, e no segundo, 46% a 16%.
A posição da Igeja Católica sobre invasão de terras também entrou na pesquisa. Dos ouvidos, 45% acreditam que a Igreja não apoia as invasões, enquanto 28% acreditam que sim. Também foi questionado se a Igreja está certa ou errada em concordar com as invasões: 52% responderam que está errada.
Sobre o atual governo e as invasões, 53% das pessoas ouvidas vêem alguma responsabilidade pelo aumento da ocupação forçada de terras, enquanto 36% não atribuem culpa ao poder executivo federal nestes conflitos.
Já a atuação do MST é considerada negativa por 45% dos entrevistados e outros 58% atribuem a violência ao Movimento, que também é atribuem ter objetivos mais políticos que sociais: 58% contra 23%. As invasões são condenadas por 75% dos entrevistados.