O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Estado do Paraná (Sindicombustíveis) quer convencer o consumidor de que a baixa no preço da gasolina não chegou a 20%, como o governo federal anunciou, por culpa dos impostos incidentes no produto. Para isso a entidade produziu cartazes especificando o preço da gasolina e a parcela que corresponde aos tributos cobrados e a margem de lucro do empresário. Dezenas de postos em todo o Estado começaram a receber os primeiros banners nesta segunda-feira.
O cartaz especifica o valor dos tributos considerando a gasolina pura. Nesse caso, os impostos estaduais e federais correspondem a 79,24% do preço da gasolina, ou R$ 1,12. Segundo o presidente do Sindicombustíveis, Roberto Fregonese, a grande maioria dos postos de combustível está trabalhando com margens de lucro muito pequenas, entre R$ 0,07 e R$ 0,10. ''Por causa da pressão do governo, da mídia e da população, os postos abaixaram os preços, mas não há como segurar esse patamar por muito tempo'', afirmou.
Segundo o Sindicombustíveis, a gasolina adquirida pelo consumidor, com a mistura de 24% de álcool anidro, tem custo de R$ 1,273. Isso corresponde ao valor do produto na refinaria, à alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de 26% sobre a base de cálculo de R$ 1,78 cobrada pelo governo estadual e aos impostos federais, como Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), Contribuição do Direito Econômico (Cide) e PIS/Cofins.
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