O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou hoje a Pesquisa Mensal de Emprego referente ao mês de setembro de 2005. No período a taxa de desocupação registrou 9,6%, alta de 0,2 p.p. em relação ao mês anterior. Nos últimos três meses a taxa ficou estável em 9,4%. Em comparação com setembro de 2004 a taxa ficou 1,3 p.p. abaixo, quando havia sido registrado taxa de 10,9%.
Regionalmente, na comparação com agosto de 2005, o aumento do número de pessoas desocupadas ocorreu em duas regiões, Recife (de 13,4% para 15,0%) e Porto Alegre (de 7,6% para 8,4%). Nas demais regiões, o quadro foi de estabilidade. Na comparação com setembro de 2004, as regiões que apresentaram variações positivas foram, Recife (de 12,4% para 15,0%) e Belo Horizonte (de 10,2% para 8,1%). E duas regiões apresentaram variações negativas, Rio de Janeiro (de 8,8% para 7,4%) e São Paulo (de 11,7% para 9,7%). Portanto a variação de 0,2 p.p. na taxa de desocupação no mês de setembro em relação a agosto foi influenciada negativamente por Recife e Porto alegre.
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Após três meses em elevação, o rendimento do trabalhador ficou praticamente estável em setembro em relação a agosto (de R$ 974,90 para R$ R$ 974,96). Na comparação com setembro de 2004, o rendimento registrou alta de 2,0% (de R$ 956,10 para R$ 974,96). Embora tenha apresentado crescimento em relação a agosto de 2005 em quase todas as áreas pesquisadas, a queda de 1,2% na região metropolitana de São Paulo foi fundamental para a estabilidade no indicador geral. Apresentaram elevação, Recife (6,9%), Salvador (3,3%), Porto Alegre (1,0%) e Belo Horizonte (0,4%). No Rio de Janeiro, houve estabilidade. O confronto com setembro de 2004 aponta recuperação no rendimento dos trabalhadores nas regiões metropolitanas de Recife (9,2%), Salvador (7,9%), Belo Horizonte (0,6%), Rio de Janeiro (1,7%) e São Paulo (1,1%). Em Porto Alegre houve estabilidade.
É provável que se observe uma leve queda na taxa de desemprego até o final de 2005 devido ao aquecimento econômico sazonalmente observado entre novembro e dezembro, conseqüência das festas de fim de ano. Não acreditamos que o crescimento do desemprego registrado nesse mês em relação ao mês anterior seja uma tendência, portanto nossa expectativa é de taxa de desocupação no final de 2005 em 9,5%.