Agora já é possível negociar ações pelo Facebook. A corretora Spinelli colocou no ar um aplicativo que funciona como o home broker, mas na página da mídia social.
Cotações, ordens de compra e venda, checagem de saldo e custódia são algumas das operações possíveis de serem feitas pelo Facebroker, como foi batizado o programa.
"Nossa expectativa é de que 20% da nossa base de clientes passe a operar pela mídia social", diz Rodrigo Puga, responsável pelo home broker da Spinelli Corretora. Hoje, eles administram contas de pouco mais de 10 mil CPFs diferentes.
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A ideia, que segundo Puga é inédita no mundo, surgiu em um brainstorm feito na corretora. "Estamos muito presentes nas redes sociais. Creio que somos a corretora com maior participação nesses meios", comentou.
Com a presença massiva no Twitter - são mais de 11 mil seguidores - e Facebook e a necessidade de facilitar a vida do investidor, os funcionários da Spinelli começaram a trabalhar no desenvolvimento da ideia. "A segurança é exatamente a mesma do home broker", frisou o responsável pelo programa.
Sem custo adicional, qualquer cliente da Spinelli pode acessar o Facebroker, desde que tenha uma conta na rede social. "Primeiro é preciso "curtir" a página da Spinelli no Facebook e, em seguida, acessar a aba de negociação de ações", detalhou.
Para Puga, a maior parte dos clientes que devem aderir ao Facebroker será de jovens entre 25 e 35 anos. "Até o fim de dezembro devemos ter a participação de 1 mil clientes no novo método de negociação de ações", previu.
Cuidados
A aparência de um home broker, de qualquer corretora, lembra um jogo de azar. Somado a isso está o fato da negociação de dinheiro vivo. As cotações variam muito rapidamente e, segundo especialistas em finanças comportamentais (que são uma espécie de psicologia financeira) alertam para o risco de se viciar no sistema online de negociação.
Vera de Mello Ferreira, a primeira psicanalista brasileira a se especializar em psicologia econômica, diz que "a principal pressão está relacionada ao tempo". O investidor compra a ideia de que tem de ser muito rápido ou perderá oportunidades. "Isso gera uma pressão interna que motiva a operação com muita frequência. É como o vício de jogar, comer ou comprar compulsivamente", explicou a especialista.
O problema maior é que, com o home broker, a pessoa fica na "clandestinidade" do próprio lar. Muitas vezes, a família não se dá conta de que há um vício em desenvolvimento.
Despertar a consciência do investidor sobre os sintomas psicológicos que surgem a partir da relação com investimentos e dinheiro é uma maneira de aguçar a razão e evitar que a emoção influencie nas decisões, dizem os especialistas.
Facebroker
Expectativa da corretora é de que 20% da nossa base de clientes passe a operar pela mídia social."
Mídia social
25 e 35 anos
é a faixa etária que, segundo a Spinelli Corretora, deve aderir com mais rapidez e facilidade ao Facebroker (home broker dentro do Facebook)
10 mil
clientes estão ativos na corretora atualmente
1 mil
da base de clientes já devem negociar ações pelo Facebook até o fim de dezembro