Designer é todo profissional que desenha ou projeta um produto, um logotipo, uma embalagem, uma roupa, uma joia, um cenário, um jogo. Logo, são inúmeras as possibilidades na área. Mais amplo ainda tem se tornado o mercado para os designers que se especializam em modelagem 3D, que além de atuarem nos segmentos tradicionais da profissão, também encontram espaço na medicina, na educação, na arquitetura e inúmeras outras áreas.
O design 3D é uma das maneiras de representar o produto que está sendo criado. Como essa representação é feita em três dimensões, ela aproxima muito o projeto à realidade. "Os softwares de modelagem 3D criam o objeto no espaço, tornando possível girá-lo e observá-lo por inteiro. Essa tecnologia já se especializou tanto que é possível imprimir esse objeto", explica o professor do Departamento de Design da Universidade Estadual de Londrina (UEL), Rodrigo Spinosa.
A impressora 3D alavancou ainda mais o mercado para o designer porque atraiu olhares de áreas até então totalmente desconexas do design, revolucionando, por exemplo, a produção de próteses ortopédicas. "O designer pode simular o posicionamento da prótese no local da amputação, antes do objeto existir. Isso vai dar mais conforto ao paciente porque a prótese fica mais adequada a ele. E o que antes demorava meses, vai ser produzido com um tempo muito menor", detalha Spinosa.
Leia mais:
Solução para segurança púbica vence 1º Hackathon Smart Cities, em Londrina
Número de ambientes de inovação credenciados no Paraná cresce 160%
Londrina e Maringá se unem para fortalecer Tecnologia da Informação e Comunicação
Anatel autoriza sinal do 5G em todos os municípios; operadoras têm até 2029 para ativar
Os cursos de graduação mais comuns para designers são nas áreas industrial e gráfica, mas há cursos mais específicos como Design de Joias, Moda, Animação e Expressão Gráfica. "A graduação inclui disciplinas de modelagem tridimensional e o aluno aprende sobre as ferramentas e as aplicações. Mas ele tem a possibilidade de depois se aprofundar em cursos de softwares específicos", afirma o professor. Além do curso superior, o designer pode ter formação técnica.
Mas não pode parar por aí. O profissional que trabalha com modelagem 3D precisa estar em atualização permanente. "A tecnologia está em constante evolução e o trabalho com 3D acompanha isso. O tipo de dispositivo de saída muda muito: até pouco tempo, era a tela, agora temos a realidade aumentada e a realidade virtual, que estão abrindo novas possibilidades", exemplifica Spinosa.
CAPACITAÇÃO
Quem tem interesse em trabalhar com projetos tridimensionais precisa ter domínio de algumas ferramentas. Dentre os programas mais populares de modelagem 3D, segundo a instrutora do Senac Londrina, Evelise Rosseto de Castro, estão o AutoCAD e o 3D Max. O AutoCAD, segundo ela, é o curso mais procurado na unidade porque atende bem o design em diversas áreas. "O AutoCAD tem muitas ferramentas. Eu trabalho com ele desde 2005 e ainda não sei usar todas", conta Evelise.
O curso de 3D Max também é oferecido pelo Senac, mas para grupos fechados. "Nós temos professor capacitado, mas é um curso mais caro, difícil de formar turma. Pode ser feito, por exemplo, quando uma empresa fecha uma turma com funcionários", complementa. Outro curso oferecido pelo Senac em Londrina é o Sketchup, um dos softwares mais fáceis de trabalhar o desenho tridimensional. "É tão simples que muita gente aprende a mexer só com os tutoriais encontrados na internet."
SALÁRIO
Como as áreas em que o designer pode atuar são muitas, a remuneração também é bastante variável. De acordo com o guia de profissões e salários da Catho, a média nacional para designers de diferentes áreas gira em torno de R$ 2 mil a R$ 2,5 mil, mas o salário pode chegar próximo dos R$ 10 mil, dependendo da empresa e do cargo ocupado.