O Facebook admitiu que mais de 83 milhões de seus perfis, ou 8,7% do total de 955 milhões, são falsos.
A maioria deles, 4,8%, são de pessoas que têm mais de uma conta; 2,4% a empresa chama de "classificados incorretamente", ou perfis criados para empresas ou entidades não humanas como, por exemplo, animais de estimação.
Finalmente, o Facebook classifica 1,5% de seus usuários como "indesejáveis", ou perfis criados para violar as regras da rede social, como o envio de spams.
A empresa vem enfrentando pressão crescente de anunciantes que questionam o valor de seu modelo de negócios, medido pela quantidade de usuários que "curtem" suas páginas.
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Anunciantes desejam que o Facebook prove que os cliques vêm de pessoas reais.
"Uma maioria substancial de nosso lucro vem de anunciantes. Sua perda ou redução prejudicaria seriamente nosso negócio", disse o comunicado da rede social.
Em julho, o correspondente de tecnologia da BBC, Rory Cellan-Jones, criou um perfil para a empresa fictícia "VirtualBagel" para investigar acusações de que perfis falsos estariam "curtindo" páginas no Facebook.
A investigação indicou que a grande maioria dos cliques de usuários que curtiram a empresa vinha da Ásia ou do Oriente Médio, com muitos destes parecendo perfis falsos, como um "Ahmed Ronaldo", supostamente morador do Cairo e empregado pelo clube espanhol Real Madrid.
Acusação
Na semana passada, a empresa Limited Press, de distribuição digital, afirmou ter concluído que 80% dos cliques que sua página no Facebook recebe vêm de usuários falsos.
"Robôs estavam acessando as páginas e elevando os custos de publicidade. Contactamos o Facebook, mas não tivemos resposta", disse a empresa em um comunicado de sua página.
"Sabemos de quem são os robôs? Não. Estamos acusando o Facebook de usar robôs para aumentar os custos publicitários? Não. É estranho? Sim", finalizava.
Desde então, a empresa removeu o comunicado e disse estar analisando conjuntamente com o Facebook, o caso.