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Habilidade

Gênio, garoto de 11 anos é funcionário da Microsoft

Agência Estado
31 out 2010 às 22:13

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- Reprodução
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O pequeno Mahmud Wael, um egípcio de 11 anos de aparência frágil, se tornou técnico da Microsoft graças a sua capacidade de resolver cálculos complexos em questão de segundos e de sua habilidade com redes de computadores.

"Meu pai descobriu minha habilidade aos três anos, quando resolvi uma tarefa de multiplicação para a minha irmã", contou Wael à agência EFE. Ele é um menino tímido que responde sentado em um sofá de um humilde apartamento em que vive com sua família.

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Depois desta descoberta, um exame determinou que seu coeficiente intelectual é de 155, uma pontuação "muito alta" que, segundo Wael, faz dele o "garoto mais inteligente do mundo".

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Wael, apelidado pelos vizinhos de "abqarino" (gênio, em árabe), se matriculou aos 9 anos na prestigiosa Universidade Americana, na capital egípcia, Cairo, onde atualmente estuda ciência da computação.

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Para seu pai, Wael Mahmud, que orgulhosamente mostra uma pasta cheia de recortes de jornais sobre seu filho, o garoto é "um menino, um engenheiro da computação e um presente de Alá".


A habilidade do jovem com informática não passou despercebida para a Microsoft, que lhe presenteou, aos seis anos, com o seu primeiro computador portátil e acaba de nomear o garoto como especialista tecnológico.

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"Agora já sou um profissional em redes de computador, e já posso trabalhar", afirma Wael, um apaixonado por computadores porque "graças a esta invenção, é possível ir a qualquer parte do mundo".


Tudo, diz ele, está ao alcance de sua tela: "Se quero saber algo tenho o Google e a Wikipédia, e se o que desejo é conhecer alguém no outro extremo do mundo, existe o Facebook".

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"Talvez eu acabe trabalhando para a Microsoft", diz Wael, que, embora fale fluentemente inglês e árabe e estude francês, está mais interessado "em conhecer as linguagens de computador".


No populoso bairro de Cairo onde a família sempre morou, as crianças da sua idade brincam na rua enquanto os adultos bebem chá ou fumam "shisha" (cachimbo de água).

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Mas Wael não tem tempo para sair com seus amigos, porque sua jornada começa cedo, às seis e meia da manhã, e suas manhãs e tardes são ocupadas pelas aulas em um colégio internacional e na universidade.


"Os meninos da minha idade estão orgulhosos de ter um amigo como eu no bairro, mas outros pedem que ninguém brinque comigo", conta Wael, que nas férias se dedica "apenas a brincar, brincar, brincar".

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"Às vezes me sinto como um adulto porque me levanto muito cedo e vou à escola e à universidade, mas em casa meus pais me tratam como uma criança normalmente", acrescenta.


Interessado em programação, Wael assegura ter perdido a destreza com as operações matemáticas, mas, diante da pergunta sobre o resultado de 40 x 78, ele faz uma pausa e pede, com cara séria, "um minuto, por favor".

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"Moody", seu apelido em casa, só precisa de dez segundo para responder corretamente (3.120) e, logo, explica que seu verdadeiro sonho é seguir os passos do egípcio Ahmed Zewail, prêmio Nobel de Química em 1999, e ser um "cientista especializado em informática".


"Antes de cumprir 20 anos vou viver no exterior para estudar e logo voltarei para tentar inventar algo aqui", indica ele, que se considera um "bom muçulmano".


Segundo o pequeno, o profeta Maomé lhe concedeu a inteligência que tem e ele o agradece quando frequenta a mesquita perto de sua casa.


"Meu QI é uma das muitas razões pelas quais amo a Deus", afirma ele, que diz ter como objetivo "memorizar todo o Alcorão".


Os olhos de Wael, meio ocultos pelos óculos vermelhos, se acendem quando fala de outra de suas paixões, o futebol: "Gosto de jogar com meus amigos no bairro e na escola e torço para o Al Ahly", campeão da última liga egípcia.

Depois do time de Cairo, Wael reconhece que seu favorito é o Barcelona, porque "tem grandes jogadores como o Messi", e entre as seleções nacionais, fica entre Espanha e Brasil. "Conheço o Iniesta. Marcou o gol na final da Copa contra a Holanda", conclui.


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