Encerrou nesta segunda-feira o prazo dado pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba para negociar um acordo de antecipação de reajuste salarial com as montadoras do pólo automotivo do Paraná.
A partir desta terça-feira, começa a correr o prazo de 48 horas, conforme prevê a legislação, para que seja deflagrada greve nas montadoras Renault, Volvo, Volkswagen-Audi e as empresas fornecedores do Parque Industrial de Curitiba, instalado em São José dos Pinhais, região metropolitana.
Desde esta terça-feira pela manhã, o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba está promovendo assembléias com os trabalhadores nas portas das fábricas. As assembléias estão sendo realizadas pela manhã e à tarde, para tirar um indicativo de greve.
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Os metalúrgicos estão reivindicando antecipação de reajuste de 13% nos salários, que correspondem às perdas provocadas pela inflação no período de setembro, quando foi fechado o acordo coletivo, até fevereiro.
De acordo com Sérgio Butka, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos, a greve deverá paralisar 7,5 mil trabalhadores que trabalham nas montadoras e parque industrial. Butka disse que o sindicato ainda não definiu a estratégia do movimento. O mesmo pode ser amplo, atingindo as três montadoras e o parque industrial, ou ''greve pipoca'', quando o movimento poderá ser alternado entre as empresas.
A greve que promete paralisar as montadoras do Paraná não deve prejudicar o acordo firmado entre o Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba e a direção da Volkswagen, para montar o projeto VW 249, um carro da família Pólo, na fábrica de São José dos Pinhais, na região.
Segundo Sérgio Butka, a greve é uma reivindicação por antecipação salarial e o percentual estabelecido está dentro dos limites do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), como está no acordo com a montadora.
Também o acordo entre a fábrica da Volks de São Bernardo do Campo, em São Paulo, e o sindicato dos Metalúrgicos do ABC, para produção da versão de exportação do mesmo carro, não abala em nada o acordo já firmado no Paraná, garantiu a assessoria da montadora.
A fabricação do carro batizado inicialmente de Tupi, na versão para o mercado interno, está garantida para o Paraná. Segundo Butka, os primeiros carros para teste serão fabricados nos próximos dias.
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