Empresas da indústria e do comércio aproveitam o vácuo de poder da transição de governo para realinhar preços e recuperar margens de lucros que perderam nos últimos anos. Ao longo do Plano Real, com o fim da inflação e a abertura do mercado, as empresas brasileiras se viram obrigadas a enfrentar uma dura concorrência entre si e com os importados, sacrificando margens para não perder vendas.
Mesmo em 1999, depois da mudança do regime cambial, a maioria delas optou por absorver parte do impacto da desvalorização do real para manter participação no mercado. Agora, as companhias parecem ter mudado de tática. E o resultado reflete-se nos índices de inflação, que dispararam nos últimos meses.