As usinas de produção de álcool e açúcar instaladas no Paraná começam a pensar em gerar energia elétrica a partir do bagaço de cana-de-açúcar para o mercado. Entre as 28 usinas existentes no estado, a SB-Açúcar e Álcool, de Cidade Gaúcha, é a que apresenta projeto mais avançado para disputar o cobiçado mercado de co-geração de energia no País.
O superintendente da Alcopar - Associação dos Produtores de Alcool e Açúcar do Paraná - Adriano da Silva Dias acredita que os projetos de geração de energia a partir do bagaço de cana começam a ser desengavetados com a decisão do BNDEs em financiar a compra de equipamentos.
As usinas de álcool estão acostumadas a gerar a energia própria. Mas nunca se animaram a vender para o mercado porque os preços nunca foram atraentes. Além disso, faltam linhas de interligação com o sistema elétrico, explicou Dias. Ele adianta que o setor sucro-alcooleiro tem condições de gerar de 6% a 7% de toda a energia consumida no país. "Mas precisa de investimentos e preço justo pelo produto", lembra. Dias destaca que as indústrias precisam de equipamentos mais eficientes como a troca de turbo geradores e a ligação com o sistema.
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A energia gerada a partir do bagaço de cana é obtida através de processo totalmente automatizado. O bagaço vai para as caldeiras e gera vapor que é a força motriz que gira as turbinas, instaladas na casa de força. Essa turbina é acoplada a um turbo gerador que gera a energia elétrica.
Cada usina instalada no Paraná tem capacidade para gerar energia suficiente para iluminar uma cidade com aproximadamente 100 mil pessoas, calculou Dias. Só com as instalações existentes as usinas de álcol e açúcar podem abastecer energia para 2.800 pessoas.