As principais empresas que controlam a venda de aves especiais para o Natal, como peru e chester, tiveram que elevar o número de alojamentos para atender o crescimento da demanda que está sendo verificado nesse final de ano.
A Sadia projeta um crescimento de 6% nas vendas de peru esse ano e a Perdigão estima elevar em 5% as vendas de chester. A Perdigão também está estreando no mercado de perus esse ano, com a marca Batavo, e espera vender 15% mais em relação ao ano passado.
A Sadia controla 85% da produção nacional de perus e espera vender 120 mil toneladas esse ano. Mas essa liderança pode estar ameaçada com a entrada da Perdigão no setor que pretende acirrar a concorrência. De acordo com o diretor comercial da Perdigão, Ricardo Menezes, a empresa investiu R$ 7 milhões na instalação de novos equipamentos e na modernização da planta industrial de Carambeí, recém adquirida da Batavia. Além disso, está apostando na lojistica da Perdigão para levar perus Batavo para todo o país, quando no ano passado a distribuição do produto ficou restrita à região Sul.
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A Perdigão se destaca ainda na venda de chester, uma ave resultante de modificações genéticas. Esse ano, a empresa espera vender 5,5 milhões de unidades. Para isso precisou ampliar em 275 mil o número de cabeças alojadas, calculou o diretor. Na venda de derivados de suínos como tenders, pernis e presuntos defumados, a empresa calcula vender 1.100 toneladas, o que representa um crescimento de 8% em relação ao ano passado.
A Sadia está apostando no mercado externo para manter a liderança na produção e venda de perus. Esse ano deve exportar 30 mil toneladas de carne de peru, que represnta um faturamento de R$ 626,9 milhões. O volume de vendas já representa 10% da receita de exportação da empresa. Ela está se especializando na produção de derivados de peru, com maior valor agregado.
Enquanto a Sadia oferece aves com peso médio de 4 a 6 quilos, cujo valor fica mais acessível às camadas com renda menor da população, a Perdigão está se especializando na ofertas de perus com média de 6 a 7 quilos cada um. Trata-se da exploração de um novo nicho de mercado, representado pela classe média alta que quer uma ave que sirva a família toda, avaliou Athaíde Miranda, médico veterinário da Secretaria da Agricultura do Paraná.