Caíram as vendas em supermercados no mês de julho. Levantamento feito pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras) informa que a queda nas vendas foi de 2,2% em relação ao mês anterior. Em relação ao mesmo período do ano passado, a queda foi ainda maior. As vendas desabaram 6,23% na comparação de julho de 2001 com julho do ano passado, descontando a variação do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial que mede a inflação.
No Paraná, a Associação Paranaense de Supermercados (Apras) não tem um levantamento sobre as vendas. O diretor executivo da Apras, Valmor Rovaris, informou por meio de sua assessoria de imprensa, que os supermercados paranaenses não se queixaram de queda nas vendas. Rovaris justificou que o Paraná não foi atingido pelo corte de energia elétrica, um dos motivos que prejudicou o desempenho do setor supermercadista nas demais regiões do País.
Conforme análise apresentada pela Abras, apesar de julho ter contado com mais dias úteis do que junho, eles não foram suficientes para reverter o impacto negativo sobre as vendas do setor. A associação diz que o resultado foi causado pela desvalorização cambial, aumento das taxas de juros, desaceleração da economia e racionamento de energia.
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Outros fatores como as turbulências do mercado externo, os aumentos das tarifas e dos serviços públicos, que transferem parte da renda disponível das famílias para pagamentos destes serviços, em detrimento do consumo, ajudam a explicar a queda nas vendas ocorridas este ano em relação ao ano passado. A Abras constatou que o consumidor está receoso com a retração da atividade econômica e com o risco do desemprego.
Por outro lado, no acumulado dos últimos sete meses, as vendas nos supermercados ainda estão positivas em 2,86%. A variação ainda está sendo sustentada pelo resultado do primeiro trimeste, quando as vendas foram animadoras.
Em valores nominais, sem considerar a variação do IPCA, as vendas do setor supermercadista apresentaram queda de 0,90% em relação ao mês passado, mas em relação a julho de 2000, ainda apresenta ligeiro crescimento de 0,38%.