O Conselho do Mercosul aprovou formalmente o pedido de adesão da Venezuela como membro-pleno do grupo. As negociações para que isso se concretize devem ter início até 15 de maio de 2006, segundo o coordenador nacional do Mercosul, Carlos Amorin.
Durante discurso na 29ª Reunião de Cúpula do Mercosul, o presidente da Venezuela, Hugo Chavez, agradeceu aos países por "abrir a porta" do Mercosul.
Ele afirmou ter ouvido críticos dizerem que a presença dele acabaria politizando o Mercosul e disse que, de fato, isso pode – e deve – ocorrer. "O Mercosul não pode ser um projeto inteiramente econômico, mas político, para que seja verdadeiramente do povo, um projeto coletivo", afirmou.
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O presidente ressaltou que pode contribuir com o grupo por ser uma potencia de petróleo e "gás". O presidente da Venezuela destacou ainda que a entrada no Mercosul não deve atrapalhar a relação do país com a comunidade andina. "O objetivo é que todos os mecanismos se relacionem", disse.
Chavez ressaltou também que, na opinião dele, as questões sociais devem ser prioridade do Mercosul. "Os níveis de pobreza não devem ser visto como um problema de cada país separadamente". E disse ainda que o Mercosul deve trabalhar de forma conjunta. "Há integração econômica, mas é preciso mais espírito de solidariedade, cooperativismo", falou.
De acordo com Carlos Amorin, o Conselho aprovou ainda outros projetos importantes, como o do Parlamento do Mercosul – que terá sede permanente em Montevidéu. Segundo ele, o Parlamento deve estar em funcionamento até dezembro de 2006.
Nesta Reunião, o presidente da Argentina Nestor Kirchner assumiu a presidência Pro Tempore do Mercosul no lugar do presidente do Uruguai, Tabaré Vázques. Ele ficara no cargo durante seis meses.