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Serra não comenta pesquisa e mantém ataques a Dilma

Agência Estado
28 ago 2010 às 17:01

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Em queda constante nas pesquisas eleitorais, o candidato à Presidência da República José Serra (PSDB) não quis comentar os dados do último levantamento Ibope/Estado/TV Globo, divulgado neste sábado, 28, no qual aparece com 29% das intenções de voto, contra 51% da sua principal adversária, Dilma Rousseff (PT).

Em Ribeirão Preto, no interior de São Paulo, onde inaugurou um comitê do PSDB, Serra voltou a atacar Dilma e acusou o governo federal de tentar beneficiá-la no episódio recente da quebra de sigilo de membros do PSDB, entre outros.

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"É evidente que isso foi em benefício da campanha eleitoral; o primeiro repórter que teve um dado do vazamento, quando procurou o Eduardo Jorge, disse que tinha recebido do comitê da Dilma", disse Serra. "Isso demonstra, inequivocamente, que se tratou, além de um crime, de um jogo muito sujo de natureza eleitoral", completou o ex-governador paulista.

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Ao ser indagado sobre o motivo de ele não comentar pesquisas eleitorais após ter sido ultrapassado por Dilma, Serra chamou o repórter de "desmemoriado" e afirmou que nunca comentou pesquisas. De fato, Serra evita falar sobre números, mas em maio, quando a pesquisa CNT Sensus trouxe o empate entre ele e a candidata ao PT, Serra disse, em entrevista à emissora Verdes Mares, do Ceará, que esteve praticamente na frente sempre e que à época havia o empate. "Mas logo vai desempatar, a coisa vai andar", afirmou o tucano à época.

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Durante o discurso para militantes, Serra citou várias realizações de quando governou São Paulo e ainda do período em que foi ministro, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, para atacar Dilma.


Segundo ele, durante o período em que governou São Paulo, a favela de Heliópolis foi transformada em bairro e Dilma teria utilizado a infraestrutura lá implantada no programa eleitoral dela. "A imprensa vai dizer que eu ataquei a Dilma e disse que ela não fez nada lá. Isso não é uma opinião, é um fato", afirmou.

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Ainda em seu pronunciamento, o candidato tucano disse que como ministro da Saúde triplicou a distribuição gratuita de remédio. "Já Dilma não distribuiu uma aspirina", afirmou. Serra defendeu ainda o sistema de concessão das rodovias paulistas e criticou o modelo federal. "As estradas federais continuam esburacadas."


Por fim, Serra voltou a criticar o governo federal na tentativa de intimidar e censurar a imprensa e ainda na política de externa. Sem citar o Irã, Serra disse "que o PSDB não faz alianças com ditaduras que apedrejam mulheres", numa suposta referência ao governo iraniano que condenou Sakineh Mohammadi Ashtiani, de 43 anos, à morte por apedrejamento em seu país.


No evento, Serra estava acompanhado do candidato ao governo paulista Geraldo Alckmin (PSDB), afirmou que o PSDB não é um partido bom de marketing e deu notas para o seu governo e seus antecessores: próprio Alckmin e o ex-governador Mário Covas. "O Covas eu dei nota dois e meio de nota, para o Alckmin eu dei 4 e para mim eu dou 5; agora o Alckmin vai ter de ser 8", concluiu.

O prefeito de Franca, Sidney Franco da Rocha, do PSDB, compareceu ao evento em carro oficial. Questionado sobre se isso estaria certo, disse que até ali (a entrada do comitê) ele era prefeito. A partir daquele momento, ele deixaria de ser prefeito e se tornaria militante. O carro que o transportou foi embora.


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