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Alexandre Kireeff: de azarão a prefeito de Londrina

Marco Feltrin - Redação Bonde
28 out 2012 às 19:04
- Ricardo Chicarelli/EquipeFolha
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Alexandre Lopes Kireeff entrou na disputa pela prefeitura de Londrina na condição de azarão. Filiado ao Partido Social Democrático (PSD), debutante em eleições municipais, o médico veterinário e empresário apareceu timidamente nas primeiras pesquisas, com intenções de voto abaixo dos 3%.

Na lista de adversários, uma série de candidatos de peso: Márcia Lopes (PT), ex-ministra e com apoio do ex-presidente Lula e da presidente Dilma Rousseff; Luiz Eduardo Cheida (PMDB), deputado estadual e ex-prefeito da cidade; Barbosa Neto (PDT), que apesar de ter sido cassado mantinha o apoio de parte da população; e Marcelo Belinati (PP), que juntou o poderoso sobrenome e a popularidade do tio Antonio Belinati com o apoio do governador Beto Richa (PSDB), que obteve vitória massacrante na cidade há dois anos.

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Desde o início da campanha, Kireeff se apresentava como o 'diferente'. Dizia que sua candidatura – chapa pura, sem coligação - era um ato de rebeldia em relação aos desmandos políticos enfrentados pela cidade nos últimos anos. Foi o primeiro dos candidatos a pedir, publicamente, a saída do então prefeito José Joaquim Ribeiro, que confessou ter recebido propina no caso da compra dos uniformes escolares.

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Com a propaganda eleitoral, Kireeff começou a crescer nas pesquisas. Assumiu um perfil técnico, sem discursos populistas e com propostas embasadas em gerenciamento de recursos e austeridade com gastos públicos.

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Na reta final do primeiro turno, polarizou a disputa pelo segundo lugar com Márcia Lopes, sob a possibilidade de que o pleito fosse decidido a favor de Marcelo Belinati.


Na pesquisa Ibope divulgada na noite de sábado, véspera do primeiro turno, aparecia com 17% das intenções de voto. Arrebatou os indecisos e fechou o pleito com 69 mil votos, 25% dos válidos.

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Comemorou o resultado argumentando que teria mais tempo para apresentar suas propostas para os eleitores londrinenses, dividindo o tempo de propaganda por igual com o adversário.


A cada pesquisa divulgada, reduzia a diferença em relação ao primeiro colocado. Com a proximidade, passou a sofrer ataques de Belinati, que tentou ligar o sobrenome Lopes com empresas do transporte coletivo, além de questionar a formação acadêmica e o discurso de não ser político, alegando que havia trocado de partido duas vezes.

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Nos debates, reagia às provocações do adversário, que formulava 'pegadinhas', perguntando se Kireeff tinha conhecimento de temas específicos como nome de remédios em falta nos postos de saúde, siglas relacionadas à educação e localização de bairros da cidade. "Não sou taxista", rebateu no último confronto.


Durante a apuração deste domingo começou atrás, já que os primeiros votos vieram da zona norte, reduto belinatista. Com mais de 75% da apuração concluída, o candidato do PP estava à frente por uma diferença de apenas 329 votos.


A virada veio com 92% das urnas apuradas, com a vitória sendo confirmada apenas na última parcial. Foram 2.978 votos de diferença ao final. "Nossa proposta de renovação prosperou. A candidatura iniciou com percentuais muito baixos, mas nos mantivemos fiéis à nossa proposta. Neste momento final, conseguimos na última hora virar o resultado", disse em entrevista após a vitória.


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