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2º turno

Lula pede 'cabeça erguida' a candidatos do PT

Agência Estado
09 out 2012 às 20:47

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O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse nesta terça-feira para os 22 candidatos do PT a prefeito de cidades onde ocorrerá o segundo turno e 8 prefeitos eleitos na primeira etapa que enfrentem as acusações sobre o julgamento do mensalão de "cabeça erguida". O encontro foi realizado no diretório nacional do partido, em São Paulo, no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) condenou o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu e o ex-presidente nacional da legenda José Genoino por corrupção ativa.

De acordo com petistas que participaram da reunião, Lula conclamou a sigla a não deixar sem resposta todos os adversários que tentarem usar eleitoralmente o julgamento do mensalão, principalmente nesta segunda fase das eleições municipais. Ele lembrou que seu governo teve uma atuação ativa no combate à corrupção.

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No encontro desta terça-feira, além de ouvir o discurso de Lula, a cúpula da agremiação fez um balanço do resultado do primeiro turno, apontou perspectivas para o segundo e comemorou o crescimento do PT em nível nacional. Apesar do pedido do ex-presidente para que os correligionários não deixem os adversários sem resposta com relação ao mensalão, a avaliação de alguns é de que este julgamento não teve grande repercussão no processo eleitoral: "O mensalão não teve repercussão sobre o processo eleitoral", avaliou a prefeita de Fortaleza Luizianne Lins, que é presidente do diretório estadual do partido no Ceará.

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Apelo - Lula ouviu na reunião também o apelo dos candidatos que ainda disputam a eleição em segundo turno para que participe das campanhas. Aos dirigentes petistas, os candidatos também pediram a participação da presidente Dilma Rousseff. "A situação da presidente é diferenciada. Ela precisa manter a base unida", justificou Luizianne. Segundo os petistas, a expectativa é que Dilma participe ativamente das campanhas de São Paulo e Salvador e que faça gravações para os candidatos que não disputam com outros postulantes da base aliada. "No day after (do segundo turno), temos de trabalhar com eles", disse o deputado federal André Vargas (PT-PR), secretário nacional de Comunicação da legenda.

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A prefeita de Fortaleza saiu do encontro com a garantia de que o ex-presidente vai à capital cearense fazer campanha em favor do candidato à prefeitura Elmano de Freitas (PT). Conforme Luizianne, Lula deve ir ao Ceará na próxima semana e emendar com as campanhas de João Pessoa e Campina Grande, no Agreste Paraibano. "Ele disse que iria a Fortaleza", afirmou. Ela apontou ainda que reforçou a solicitação para que o Lula viajasse à capital depois que soube que o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, presidente nacional do PSB, deve auxiliar a campanha do adversário, Roberto Cláudio (PSB). Já Freitas, que participou do evento da tarde desta terça-feira, minimizou a atuação de Campos no Ceará. "Ele é forte em Pernambuco", disse.


O presidente estadual do PT no Paraná e candidato a prefeito de Maringá, deputado Ênio Verri, também participou da reunião com a perspectiva de convencer Lula a ir à campanha do candidato Gustavo Fruet (PDT), aliado do PT em Curitiba. De acordo com Verri, uma reunião seria realizada ainda na noite desta terça-feira, em Brasília, com a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, para definir a participação de Dilma e Lula nos palanques da sigla no Paraná. "Estamos confiantes da participação de Dilma e acredito que Lula vai gravar (para Fruet)", afirmou o dirigente, ressaltando que a presença de Dilma e Lula reforçariam o palanque antitucano. "Beto Richa (governador do Paraná) foi o grande derrotado. A polarização lá é contra o PSDB", relatou Vargas.

O encontro entre petistas começou às 14h30 e Lula chegou por volta das 16h50 - ele permaneceu por duas horas. Aguardavam Lula aproximadamente cem pessoas. O ex-presidente fez fotos com os candidatos e falou sobre a conjuntura econômica e política. Na avaliação dos que participaram da reunião, o julgamento interfere mais na eleição paulistana do que no restante do País. "O que tinha de sangrar, sangrou há sete anos atrás. Aqui (São Paulo) a situação é diferente", afirmou Luizianne. Segundo ela a avaliação do partido é de que o uso do mensalão no processo eleitoral "não surtiu o efeito de jogar para baixo o PT". "O PT saiu fortalecido", concluiu a prefeita de Fortaleza.


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