A equipe de campanha do candidato do PSDB a prefeito de São Paulo, José Serra, pediu que militantes aplaudissem e gritassem o nome do candidato para abafar vaias de dois pequenos grupos de vendedores ambulantes durante uma caminhada na Rua 25 de Março, centro de comércio popular no centro da capital paulista. As críticas partiram de cerca de dez pessoas que anunciavam relógios e tênis de marcas estrangeiras em esquinas da região.
A gestão iniciada por Serra na Prefeitura em 2005 e continuada por Gilberto Kassab (PSD) a partir de 2006 realizou ações de combate ao comércio irregular nas ruas do município e passou a ser atacada por camelôs. " Deve ser meio por cento do que tem aqui", disse Serra sobre as vaias.
A visita do candidato do PSDB ao centro de comércio popular era vista com receio por sua equipe, que classificava a região como "uma área complexa". Integrantes da campanha afirmam que a ideia de caminhar pela 25 de Março foi do próprio Serra e foi encarada como um teste de sua popularidade. "A notícia é que não houve nenhuma confusão", disse um tucano.
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Serra apresentou como proposta para a região a construção de um estacionamento para ônibus fretados que possa atender também as áreas de comércio de Santa Ifigênia, Pari, Brás e Bom Retiro. "Precisamos integrar (a região) em um circuito de compras: colocar um estacionamento para os ônibus fretados, dar mais segurança, criar um shopping popular grande pra abrigar os ambulantes e criar condições melhores de calçadas", disse.
No Pari, o tucano destacou um projeto de construção de um shopping popular para abrigar os vendedores ambulantes que aceitem formalizar sua atuação. "Quem está trabalhando não pode perder o emprego, mas podemos qualificá-los. Nosso projeto é criar o maior shopping popular da América do Sul, com dois ou três andares, e cursos de qualificação profissional."
O candidato do PSDB afirmou que pretende manter o combate à venda de produtos piratas. O centro comercial, o estacionamento e hotéis seriam construídos em um terreno de 170 mil metros quadrados no Pari. "Isso vai significar mais renda e mais emprego para São Paulo", afirmou. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.