A Câmara Municipal de Londrina aprovou na tarde dessa terça-feira (27) o projeto de lei que prevê uma reforma administrativa com a criação de três cargos comissionados: Diretor Administrativo-Financeiro, Diretor de Comunicação com remuneração de R$ 18 mil e de Ouvidor Legislativo com salário de R$ 16,1 mil. A votação foi apertada com 10 votos favoráveis e 9 contrários.
O presidente da Câmara, Emanoel Gomes (Republicanos) foi o principal defensor da medida, mas outros nomes engrossaram o coro. “A diretoria de comunicação vai levar à população a verdade sobre o que nós fazemos”, defendeu o vereador Mestre Madureira (PP).
Jairo Tamura (PL) também ressaltou que concorda plenamente com a reforma administrativa proposta pela atual Mesa Executiva. Lenir de Assis (PT) defendeu as alterações, enfatizando que os cargos precisam ser preenchidos por profissionais com capacidade técnica e que cabe aos vereadores atuarem como fiscais nessa situação.
Leia mais:
Confira dicas de segurança para se proteger durante as compras de Natal em Londrina
Mega-Sena sorteia neste sábado prêmio acumulado em R$ 27 milhões
Bolsonaro rebate Eduardo e, mesmo inelegível, diz ser 'plano A, B e C' para 2026
Kate Middleton fala do câncer pela primeira vez
O vereador Matheus Thum (PP) também se manifestou a favor da proposta, citando a importância da criação da Ouvidoria. “O cargo de ouvidor é importante para o combate à corrupção, para trazer transparência aos atos de servidores, dos vereadores. Se um munícipe, por exemplo, identifica um carro da Câmara entrar em um local indevido, qual é o canal que ele tem em relação à Câmara? Queremos que irregularidades sejam sanadas”, afirmou.
Contrária aos dois projetos de lei, a vereadora Mara Boca Aberta (sem partido) criticou o fato de os cargos serem de provimento em comissão. “Não sabemos quem será o próximo presidente. São mais cargos que o presidente vai ter para usar para ele, para a política dele. […] Minha preocupação é por serem cargos nomeados. Como serão preenchidos adiante? Os presidentes podem usar os cargos conforme lhes convêm politicamente”, disse. “A forma desses cargos é que coloco em questão. Por que cargos comissionados? Não teremos uma reforma administrativa duradoura se os presidentes mudam a cada dois anos”, afirmou Lu Oliveira (PL), que também votou contra a proposta. Já o vereador Santão (Podemos) disse ser contrário à destinação de recursos públicos para propaganda de agentes políticos. (Com informações dos jornalistas concursados da CML)
SAIBA COMO VOTOU CADA VEREADOR
PL Nº 19/2024 – REFORMA ADMINISTRATIVA
VOTO SIM – 10
Chavão
Daniele Ziober
Deivid Wisley
Emanoel Gomes
Jairo Tamura
Lenir de Assis
Matheus Thum
Mestre Madureira
Prof.ª Flávia Cabral
Prof.ª Sonia Gimenez
VOTO NÃO – 9
Beto Cambará
Eduardo Tominaga
Giovani Mattos
Jessicão
Lu Oliveira
Mara Boca Aberta
Nantes
Roberto Fú
Santão
Novos cargos podem custar R$ 1 milhão ao ano. Confira reportagem abaixo: