O diretor da Cipasa, Ibrain José Barbino, de 55 anos, autor confesso do assassinato do empresário Ciro Frare, 67 anos, é suspeito também de clonagem das placas de um automóvel. O delegado Márcio Amaro, que investiga o caso, informou que as placas de uma Savero localizada na fazenda de Barbino em 24 de junho, dia em que o diretor matou Frare a tiros, teriam o mesmos números das placas de uma Parati de Londrina.
O proprietário da Parati prestou depoimento à Polícia Civil na última sexta-feira e, de acordo com Amaro, disse que o veículo nunca foi furtado. O dono do veículo afirmou também que desde o início de 2003 recebeu três notificações de multas de trânsito por irregularidades que não teria cometido. ''Ele também disse que comprou a Parati na Cipasa de Londrina, em 2002'', afirmou Amaro.
O delegado explicou que requisitou documentos ao Detran e que apenas após recebê-los pretende ouvir Barbino sobre o assunto. Outro ponto da investigação de Amaro indica que o diretor também é suspeito de aplicar o golpe do seguro: uma perícia apontou que a Savero encontrada na fazenda foi montada a partir de um Gol branco, que teria sido furtado em 1983.
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O próprio Barbino registrou queixa sobre o furto em 6 de agosto daquele ano. Um mês e três dias depois, ele recebeu da polícia uma certidão de não-localização do carro, necessária para receber seguro. Barbino nunca deu baixa na queixa. A Polícia Civil irá levantar se o Gol tinha seguro. Entretanto, Amaro citou que, mesmo que o golpe seja comprovado, Barbino não poderia ser indiciado pelo crime, que já prescreveu.
Reportagem da Folha de Londrina