Foi aprovado na sessão desta quinta-feira (4) da Câmara Municipal de Londrina o projeto de lei, de autoria do vereador Rony Alves (PTB), que quer mudar o zoneamento de uma área na região leste de Londrina para a instalação de um campus da Unicesumar, de Maringá. A proposta volta a ser discutida, em segundo turno, na sessão da próxima terça-feira (9) do Legislativo. A próxima discussão deve ser marcada pela apresentação de emendas.
Duas vereadoras, Sandra Graça (Solidariedade) e Lenir de Assis (PT), sinalizaram, na sessão de hoje, para a apresentação de propostas modificativas ao projeto. A primeira disse ser a favor da instalação da universidade, mas lembrou que o empreendimento será construído em uma região que já sofre com o intenso fluxo de veículos, principalmente nos horários de pico. "O sistema viário da zona leste precisa ser revisado. A universidade demanda uma grande infraestrutura", argumentou. Sandra pretende apresentar uma emenda pedindo para que o Executivo analise o impacto do campus na região.
Já Lenir de Assis criticou a matéria e votou contra ela. "É um empreendimento de 32 mil metros quadrados prestes a ser instalado em um local que não dá conta de absorver o atual tráfego de carros e motos. O campus pode aumentar ainda mais o caos", destacou.
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A área, adquirida pela Unicesumar por R$ 9 milhões, fica na avenida Santa Mônica, entre a Vila Santa Terezinha e o Jardim Ouro Preto, próximo ao pontilhão da linha férrea. O principal meio de acesso ao terreno é a rotatória que interliga as avenidas Dez de Dezembro e Santa Mônica. "O trecho vai ficar intransitável", ressaltou Lenir. A vereadora afirmou, ainda, que a Câmara deveria priorizar a discussão dos dois projetos complementares do Plano Diretor (Uso e Ocupação do Solo e Sistema Viário) ainda não aprovados em vez de dar importância a matérias que visam mudanças específicas de zoneamento.
O autor do projeto, vereador Rony Alves, reiterou que a Unicesumar vai precisar compensar a construção do campus, respeitando e cumprindo as medidas mitigadoras a serem impostas pelas secretarias do Ambiente e de Obras e pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Londrina (Ippul). As contrapartidas, na avaliação dele, devem listar, justamente, soluções ao trânsito da zona leste da cidade. "É preciso que a universidade faça readequações nos trechos mais complicados", destacou, lembrando que a região já conta com o intenso tráfego de veículos gerado pelo complexo Marco Zero.
A Unicesumar pretende investir R$ 30 milhões no novo campus, com o objetivo de atender 6 mil novos alunos em Londrina.