O acumulado de 39,2 milímetros chuvosos apurados e divulgados pelo IDR-PR (Instituto de Desenvolvimento Rural do Paraná), referentes a todo mês de junho, indicam que Londrina não atingiu a média histórica do mês, que é de 94,5 mm.
A agrometeorologista Angela Costa classifica as instabilidades do período como poucas, regulares e mal distribuídas. Segundo ela, a quantidade é prejudicial para as culturas rurais e para os mananciais, rios e lagos.
Além do outono e inverno constituírem as estações mais secas do ano, bloqueios atmosféricos contribuíram para a escassez chuvosa. Ao longo dos dias, foram constantes os episódios de chuvas em regiões paranaenses vizinhas, ao mesmo tempo que o norte paranaense apenas acumulava nuvens. A pesquisadora explica que massas de ar quentes e secas, que pairam sobre a região, funcionam como uma barreira e impedem o ingresso de frente frias, que retornavam ao oceano.
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Se não bastasse todos os fatores citados, o fenômeno La Niña resfria o oceano pacífico equatorial e, no sul brasileiro, afasta as precipitações e reduz as temperaturas. No norte e nordeste, o efeito é contrário, com maior e calor e mais chuva.
Em julho, Londrina enfrenta o desafio de atingir a média climatológica de 54 milímetros. Mas, se depender dos dias iniciais deste mês, o índice não será alcançado, já que o IDR espera que os próximos quinze dias sejam estáveis.
*Sob supervisão de Luís Fernando Wiltemburg.