A Comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Londrina emitiu nesta terça-feira (26) uma nota de repúdio em relação ao tratamento dado ao corpo de Amauri de Carvalho Vicente, morador de rua que morreu na Rodoviária de Londrina na segunda-feira (26). Para a entidade representativa de classe, o corpo permaneceu "completamente abandonado", o que configuraria um ato de "completa desumanidade". O N.Com (Núcleo de Comunicação) da Prefeitura de Londrina disse que a Secretaria Municipal de Assistência Social deu o suporte necessário e nega que tenha ocorrido abandono.
Vicente morreu na tarde de segunda-feira, de causas naturais. A ocorrência provocou comoção porque o corpo foi "velado" pela cachorra que o acompanhava até haver a remoção, que demorou horas.
Após a morte do morador de rua, o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado para que o médico atestasse o óbito. "O profissional constatou a morte, o cobriu e isolou a área, mas não levou o corpo porque não é a função deles", disse o gerente do Terminal Rodoviário de Londrina, Sandro Neves. Ainda de acordo com ele, a Secretaria de Assistência Social também foi chamada e aguardou a chegada da Acesf (Administração dos Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina), que levou.