O delegado do 6º Distrito Policial (DP), Algacir Ramos, tomou nesta quarta-feira os dois primeiros depoimentos no inquérito que investiga as obras no Lago Igapó 2. Ele adiantou que as aparentes irregularidades caracterizam crime culposo. No local, considerado o cartão-postal de Londrina, verifica-se muito lixo. Além disso, as margens continuam apresentando pequena quantidade de peixes mortos.
Acompanhado do perito do Instituto de Criminalística, Luciano Bucharles, o delegado ouviu o presidente da Organização Não Governamental (OBN) Patrulha das Águas, João Batista Moreira, e o presidente da Associação dos Moradores do Igapó 2, Ewerton Cangussu.
As duas testemunhas afirmaram que o projeto inicial de revitalização do lago apresentava problemas. Eles também criticaram a demora para a solução dos problemas burocráticos (foram realizadas duas licitações até agora, além de haver previsão para pelo menos mais duas), que resultou em oito meses de lago seco. Moreira, no entanto, disse que houve erros e acertos no rebaixamento do Igapó 2. ‘O lago teria que ser esvaziado, devido ao perigo de rompimento do vertedouro construído sob a ponte’, afirmou.
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Para Ramos, os depoimentos confirmaram que não houve dolo, mas sim crime culposo, caracterizada por negligência, imprudência ou imperícia. ‘O caso configura crime por culpa, mas precisamos de uma avaliação técnica. Já solicitamos o auxílio de entidades para fazermos uma perícia’, afirmou o delegado, que deve receber apoio da Universidade Estadual de Londrina (UEL), do Sindicato das Indústrias da Construção Civil (Sinduscon) e do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea).
* Leia mais na edição desta quinta-feira da Folha de Londrina