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Formalização

Em um mês, 29 ambulantes de Londrina pediram a regularização do negócio para a CMTU

Jéssica Sabbadini - Redação Bonde
14 mai 2025 às 12:27

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Jéssica Sabbadini/Especial para o Grupo Folha de Londrina
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A CMTU (Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização de Londrina) já recebeu 29 pedidos de regularização do comércio ambulante neste primeiro mês da campanha ‘Sou Ambulante, Sou Legal’. A parte inicial da campanha envolveu ações orientativas sobre a importância da regularização e, agora, o trabalho de fiscalização deve ser cada vez mais frequente. 


Diretor de Operações da CMTU, Fernando Porfírio explica que, após o lançamento da campanha no início de abril, a companhia fez um trabalho orientativo e de conscientização na região central para explicar todo o processo de regularização por cerca de dez dias. O resultado, segundo ele, é positivo, mas ressalta que o número de ambulantes aumenta ou diminui de acordo com a época do ano ou com períodos festivos, por exemplo. 

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Hoje, Londrina conta com pouco mais de 350 ambulantes regularizados na cidade; em toda a região central são 81. De acordo com a CMTU, é difícil estimar a quantidade de irregulares por ser um número muito volátil. O diretor explica que a abordagem, mesmo que orientativa, aos ambulantes é um trabalho complexo, já que muitos acreditam que os agentes já vão aplicar algum tipo de punição. Muitos, segundo ele, ficam desconfiados da aproximação das equipes.

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Além da conscientização, a CMTU também fez uma ação de fiscalização, em parceria com a Guarda Municipal, neste último mês. Ao todo, segundo Porfírio, três pessoas tiveram as mercadorias apreendidas e doadas para instituições filantrópicas. Neste caso, os produtos apreendidos eram legumes, frutas e verduras, já que perecíveis exigem uma autorização especial por parte da Vigilância Sanitária. 

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A partir de agora, as ações de fiscalização vão ser cada vez mais frequentes, aponta Porfirio, principalmente no centro e no entorno da Avenida Saul Elkind, segundo maior ponto de comércio ambulante na cidade. “O nosso objetivo não é atrapalhar ninguém que esteja trabalhando para ganhar seu dinheirinho, mas é importante a regularização até mesmo por conta de outros que já são regulares e do comércio formal. Não seria justo a gente deixar esse pessoal trabalhar sem o mínimo de legalidade, já que seria uma competição injusta com quem procura trabalhar corretamente”, destaca. 


Após o pedido de regularização, o ambulante não pode continuar com o comércio enquanto a autorização não for liberada, o que pode variar de uma semana a um mês. Fernando Porfírio explica que os pedidos passam por uma comissão responsável por avaliar o tipo de produto e o ponto , por exemplo, já que existe uma distância mínima entre ambulantes ou comércios regulares que vendem o mesmo tipo de produto. O comércio ambulante de cigarros e bebidas alcoólicas é proibido. “Quase todo o restante há a permissão, lógico que com as devidas orientações e restrições no caso de produtos perecíveis”, detalha. 

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Como regularizar


Para fazer a regularização, os ambulantes devem procurar a CMTU (Rua Professor João Cândido, n° 1.213), das 8h às 17h, com os documentos pessoais. Ele vai precisar indicar até três locais em que pretende trabalhar, qual será o produto comercializado e qual será o meio, como carrinho de mão ou motorizado. “O ambulante precisa fazer essas indicações para que a gente possa analisar e verificar a viabilidade de conceder esse alvará”, reforça.

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A taxa é paga anualmente e varia conforme o tipo de negócio e de produto: para vendedores de pipoca é de R$ 205, para lanches é de R$ 273 e para motorizados, como trailers, é de R$ 500.


Trabalho honesto

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A reportagem percorreu algumas ruas do centro de Londrina nesta quarta-feira (14) para conferir se os ambulantes estão aproveitando a campanha para fazer a regularização do negócio. Na Rua Piauí, uma ambulante, que não vai ser identificada, garantiu que assumiu o ponto há cerca de um mês e que deve ir ainda nesta quarta fazer o pedido de regularização. “Trabalhando irregular a gente fica com a ‘cabeça quente’, então tendo os papeis pode vir qualquer um aqui que a gente mostra que estamos certinho e pagando em dia. A gente trabalha descansado e com a cabeça tranquila”, opina.


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O objetivo da ambulante, que vende frutas e legumes, é continuar no ponto, já que fez muitos clientes neste primeiro mês de trabalho. “O pessoal é muito simpático e recebeu a gente muito bem”, conta, em relação aos comerciantes e moradores do entorno. Para ela, que estava desempregada, o negócio veio para ajudar a sair de casa e a ganhar o próprio dinheiro. 


Outra ambulante, que vende guardanapos na Avenida São Paulo, afirma que tentou por diversas vezes fazer a regularização do negócio no ano passado, mas que a negativa vinha em razão do local, já que outro ambulante também vende o produto no mesmo quarteirão. Há 15 anos no local, ela garante que não pode sair do ponto, já que é ali que conquistou uma clientela fiel. “Eu quero me regularizar, mas eu preciso desse ponto aqui”, cobra. 

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Além disso, com uma filha deficiente em casa, ela não consegue um emprego formal por sempre precisar sair para levar a menina ao médico. “Eu não estou fazendo nada demais, apenas aqui trabalhando honestamente. Não estou pedindo nada para ninguém”, afirma.


Regularização traz tranquilidade


Para os ambulantes que já estão irregulares, o alvará traz tranquilidade e a garantia de um ponto para trabalhar todos os dias. Esse é o caso de Aparecido Veríssimo da Silva, 68, que vende alho e outros temperos na Rua Professor João Cândido. No ponto há três anos, ele garante que não há nada melhor do “andar certo”, já que pode trabalhar tranquilo e fazer sua renda. 


Há 41 anos no comércio ambulante na Avenida São Paulo, José Sampaio, 41, garante que a regularidade do negócio evita ‘encrencas’. Ele diz não entender o motivo de muitos ambulantes não buscarem a regularização, já que considera um processo simples. Segundo ele, a ilegalidade prejudica quem é regular, assim como os comerciantes formais, que pagam os impostos em dia. 


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