A empresa Ceres Inteligência Financeira Ltda, de Belo Horizonte, começará, no dia 7 de janeiro, os trabalhos de Avaliação Financeira Patrimonial da Companhia de Saneamento do Paraná (Sanepar), por meio de uma auditoria independente. O prefeito Alexandre Kireeff assinou na manhã desta terça-feira (16) a ordem de serviço que autoriza a empresa mineira a avaliar a companhia responsável pelo serviço de abastecimento de água e esgoto, em Londrina, desde 1973.
A consultoria não beneficiará nenhuma das partes envolvidas, pois os serviços incidem em conhecer as vulnerabilidades, o patrimônio envolvido na concessão de água e esgoto, quanto foi investido, o que já foi depreciado e quanto já foi pago pela própria população. A auditoria levará seis meses para ficar pronta e, a partir dela, a Prefeitura terá subsídios para decidir o que fazer quanto à prestação de serviços de água e esgoto.
Kireeff explicou que a auditoria vai auxiliá-lo na tomada de decisão sobre o rumo dos serviços de saneamento básico e que é preciso terminar com os contratos emergenciais. "A questão fundamental é que haja formalização da relação, que a rigor, é comercial, em que a população remunera uma empresa que presta serviço. Isso tem que estar amparado na legalidade. Desde 2003, a prestação de serviços é promovida através de decretos e em condições precárias. Isso precisa ser superado e formalizado em um contrato de concessão de serviços, seja com a própria Sanepar, ou com outra empresa contratada através de licitação ou ainda através de uma empresa municipal", esclareceu Kireeff.
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Há três possibilidades de resolução, de acordo com o assessor executivo do prefeito, Carlos Alberto Geirinhas. "Poderemos municipalizar o serviço, realizar uma negociação com a Sanepar por meio de um novo contrato ou, então, realizar uma nova licitação. Para qualquer uma das soluções que viermos a encontrar, nós precisamos conhecer o negócio, os instrumentos realizados ao longo dos anos, enfim precisamos contratar uma empresa para fazer uma auditoria independente, uma Duo Diligence, é o que estamos fazendo aqui hoje com a empresa Ceres Inteligência Financeira Ltda", disse.
O sócio-diretor da Ceres Inteligência Financeira, Alexandre Galvão, informou que o período de seis meses para a realização da auditoria é suficiente dada a complexidade do assunto. "Esse trabalho tem duas vertentes, sendo uma da avaliação dos ativos patrimoniais, ou seja, faz o levantamento do inventário, um acompanhamento histórico, e o ponto mais importante para a decisão do Município é avaliar as potencialidades que o Município tem. Isso que de fato vai definir o que será feito daqui para frente, qual é de fato a capacidade do Município para explorar todos esses serviços. A gente estuda as projeções, as perspectivas de crescimento da cidade, crescimento populacional, consumo e todos os itens que são importantes inserir na avaliação", explicou o sócio-diretor.