A família de Carla Regina Mostarchi, 32 anos, que morreu no último dia 5, vítima de complicações após o parto, está acusando de negligência o Hospital Evangélico de Londrina (HEL).
A queixa foi registrada no 4º Distrito Policial (4ºDP). No dia 30, ao entrar em trabalho de parto, o marido de Carla, o encarregado de serviços gerais Antônio Marcos Rodrigues, levou-a até a Maternidade Municipal. Segundo ele, por falta de incubadoras na instituição - já que os bebês (gêmeos) nasceriam prematuros - ela foi encaminhada para HEL, para ser atendida pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a mãe, Anésia Rosa Mostarchi, o médico que atendeu Carla não quis fazer cesariana, o mesmo procedimento utilizado na primeira gravidez. Logo após o parto, Anésia informou que além de reclamar de muitas dores, a filha também sofreu hemorragia. A família acredita que o médico tenha deixado restos da placenta no corpo da mulher.
Leia mais:
APP-Sindicato questiona equidade no programa Parceiro da Escola em Londrina
Prefeito de Londrina entrega título de Cidadão Honorário a Oswaldo Militão
Sarau une poesia e crônica para celebrar os 90 de Londrina nesta sexta
Anne Moraes presta depoimento após Polícia Ambiental encontrar ossadas de animais na ADA
De acordo com a assessoria de imprensa do HEL, quando chegou no hospital, Carla já estava com a bolsa rompida e com seis centímetros de dilatação. Nestas condições, o médico obstetra responsável pelo parto - que preferiu não se pronunciar - optou por fazer parto normal. Os dois meninos nasceram prematuros (sete meses) e passam bem. O nome do médico não foi divulgado.
Ainda conforme o hospital, a mãe teve um problema raro de 'placenta acreta' (a placenta fica grudada no útero) e após perceber isso, imediatamente o médico teria tentado a retirada manual da placenta. A assessoria do hospital informou que todos os procedimentos médicos e hospitalares utilizados foram corretos.