O delegado-adjunto da 10 Subdivisão Policial de Londrina (10 SDP), Jorge Barbosa, 51 anos, começou sua carreira na Polícia Civil na cidade, como investigador, no dia 3 de janeiro de 1973. Natural de Siqueira Campos (90 km ao sul de Jacarezinho), aqui ele casou, teve filhos e netos. De investigador, passou a escrivão e, há oito anos, tornou-se delegado. Por isso mesmo, ele também se preocupa com a violência vivenciada na cidade no último ano, e que começou com tudo em 2003. Foram 17 assassinatos confirmados oficialmente até o dia 23 de janeiro, contra nove ocorridos no mesmo período em 2002. O aumento é de praticamente 100%; mesmo não estando aí incluídas duas mortes de causa ainda imprecisa.
O problema já mereceu extenso espaço nos jornais ano passado e, ao que parece, voltará a merecê-lo agora. ''Londrina não era uma cidade tão grande, e havia mais condições de trabalho'', diz Barbosa relembrando tempos antigos. Hoje, londrinenses estão se matando. O delegado comenta que a maior parte dos crimes ocorridos neste mês foi acerto de contas, provocado por diversos motivos. O principal são as drogas. ''É uma briga entre eles. Já tem gente que matou e morreu em 2003: 90% das vítimas já tinham antecedentes criminais e a grande maioria estava envolvida com tráfico e consumo de drogas'', afirma.
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