O Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) autorizou neste mês a captura e o abate de pombos em 65 cidades do Paraná. O objetivo é reduzir danos causados pelas aves à saúde humana e às culturas de grãos e frutos do Estado.
Segundo a Folha Online, a espécie que teve o abate autorizado é a pomba-amargosa (Zenaida auriculata), diferente do pombo doméstico (Columba livia), mais encontrado em áreas urbanas. A caça, sem limite de quantidade, poderá ser feita apenas por armadilhas de captura e mediante cadastro.
Estudos que embasaram a decisão do Ibama apontam que a ação da pomba-amargosa causa perdas de 40% nas lavouras de girassol e sorgo e de 90% nas culturas de soja e milho da região de Maringá (423 km de Curitiba). Como a ave se alimenta de sementes, atrapalha principalmente o plantio.
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Por um erro, Londrina não aparece na instrução do Ibama que autorizou o abate, mas será incluído. O abate das pombras está gerando grandes debates no município e até uma audiência pública já foi realizada para discutir o assunto. O último levantamento realizado em novembro de 2005 pela Secretaria Municipal do Meio Abiente (Sema) contabilizou 170 mil pombos só no Centro da cidade e outras 3 mil nas ruas centrais. Inicialmente previa-se o abate de 50 mil pombos. Porém, representantes da Sema também querem que as espécies domésticas sejam mortas.
A Prefeitura testaria nesta semana um repelente de aves que tem como princípio ativo o metil antranilato, destinado ao afastamento delas do Centro para locais distantes de 500 metros a um quilômetro.
Segundo Wagner Fischer, da coordenação geral de fauna do Ibama em Brasília, os pombos podem transmitir infecções como a toxoplasmose e a salmonelose. As fezes do animal também podem disseminar um fungo causador de meningite.