Os indicadores de março do SPC/Acil (Serviço de Proteção ao Crédito da Associação Comercial e Industrial de Londrina) reforçam a tendência constatada nos últimos meses de queda no número de consumidores incluídos no cadastro de inadimplentes.
Em comparação com março de 2024, houve uma redução de 17,2% no índice de negativados. Em fevereiro, o mesmo indicador ficou em 22,9%. Com isso, o primeiro trimestre de 2025 encerra com uma retração acumulada de 17,4% no ingresso de novos nomes na lista de negativados, na comparação com o mesmo período do ano anterior.
Por outro lado, também houve uma queda bastante expressiva entre os consumidores que conseguiram limpar o nome: 50,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Em fevereiro, o mesmo indicador já havia apresentado queda de 9,7%. No acumulado do primeiro trimestre de 2025, a queda foi de 21,2% na comparação com o mesmo período do ano passado.
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Análise
“Este cenário pode indicar uma estagnação na capacidade de recuperação financeira das famílias. Embora haja sinais de maior controle no consumo, refletidos na redução do número de novos inadimplentes, a expressiva queda na quantidade de consumidores que conseguem regularizar suas dívidas revela um ambiente ainda restritivo ao acesso ao crédito. Essa combinação acende um sinal de alerta, pois limita a retomada do consumo, enfraquece a confiança do consumidor e desacelera o giro da economia local. No entanto, a contínua geração de empregos formais e o avanço na renda média do trabalhador surgem como fatores que podem contribuir para a reversão desse quadro nos próximos meses”, destaca Marcos Rambalducci, consultor econômico da Acil.
Os dados do SPC/Acil destacam dois índices: o dos consumidores entrantes (incluídos na restrição ao crédito), que deixaram de pagar alguma conta em dia e tiveram o nome inserido no cadastro de inadimplentes; e os saintes, que estavam com o nome no cadastro de negativados, mas negociaram ou pagaram suas dívidas atrasadas e ‘limparam o nome’, recuperando o crédito.
